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Brasil acelera importação de alimentos 6z6m5s
A importação de produtos agrícolas aumentou 26% de janeiro a agosto, em relação a igual período do ano ado, trazendo para dentro do país os custos externos dos alimentos, que, acrescidos do dólar elevado, pesam ainda mais na inflação.
Até agosto, os gastos dos brasileiros com compras externas de produtos não processados, como milho e soja, somam US$ 3,5 bilhões. As carnes bovina, de frango e pescado, bem como derivados de leite, não estão nessa lista, mas também vêm registrando elevação.
Agosto foi um período de aceleração na importação. As compras de milho subiram 290%, em relação às de igual mês do ano ado. No acumulado do ano, as importações do cereal aumentaram 191% e já somam 1,23 milhão de toneladas.
As compras externas de soja também sobem. O país é o maior produtor e exportador da oleaginosa do mundo. Vendeu tanto que, para um equilíbrio interno da oferta, já importou 672 mil toneladas no ano.
As compras de carne bovina fresca e congelada tiveram elevação de 135% no mês ado, somando 4.092 toneladas. As importações de carne de frango superam em 30% as do mesmo mês de 2020, enquanto as de óleos vegetais e de café torrado tiveram evolução de 50% no período.
Já as exportações agropecuárias, com a desaceleração das vendas de soja e de milho, reduzem a participação na balança comercial. Em agosto deste ano, o setor participou com 17% das exportações totais, um percentual inferior aos 22% de igual mês de 2020.
Neste ano, o volume das exportações de soja ainda é menor do que o do ano ado, ficando 3% abaixo. As receitas do período, porém, superam em 25% as de janeiro a agosto de 2020.
Açúcar também é destaque na pauta de exportações. O volume está estável em 17 milhões de toneladas, mas as receitas superam em 18% as do mesmo período anterior.
O setor de proteínas, com o avanço de agosto, já soma 4,6 milhões de toneladas exportadas no ano, com receitas de US$ 11,6 bilhões. A venda externa de carne bovina superou 1 milhão de toneladas, e a de suínos subiu para 675 mil no ano
FONTE: BRASIL AGRO