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#souagro|Os agricultores do oeste do Paraná começaram a plantar a milho. Com a perda significativa da colheita de soja, tem produtor que já fez a dessecação e agora está apostando na próxima safra, um plantio bem antecipado.

VEJA O VÍDEO:

 

O produtor que optou pela antecipação do plantio do milho, tem propriedade em Palotina/PR, mas como ele não conseguiu continuar o manejo para colher a soja e não tinha o que colher, o seguro rural liberou para que ele pudesse roçar ou dessecar a lavoura. Ele já fez uma dessecação e iniciou o plantio de milho para aumento de renda, e também precisa da silagem para alimentar as vacas de leite, aproveitando a umidade em função da chuva de 45 milímetros desta semana.

A torcida é para que a previsão do tempo possa favorecer e as chuvas venham nesse período de manejo da cultura de milho safrinha.

 

RISCOS

Adiantar o plantio é um grande risco para o agricultor, além do clima que não tem colabora, há também as pragas que podem atacar o plantio, mas para diminuir o risco de que isso aconteça, a escolha do herbicida deve ser baseada nas plantas daninhas predominantes na área. Só que mesmo com essas possibilidades, o produtor afirma que precisa arriscar neste momento de incertezas para tentar recuperar o que foi perdido, por isso a escolha de começar a plantar antes do prazo.

O presidente do Sindicato Rural Patronal de Palotina e presidente da Comissão de Aquicultura da Faep, Edmilson Zabotti afirma que a situação é muito crítica e que a comitiva do Ministério da Agricultura que está visitando o estado para levantamento das perdas recebeu os dados da região: “Discutir os números de perdas e as consequências que isso vai trazer para a cadeia produtiva em todas as áreas, né? Hoje a soja já bate na casa dos 90% de perda com possibilidade de aumentar, o milho com perda de 100% o que foi feito de silagem é de péssima qualidade.”

 

O prejuízo estimado hoje na produção de leite e grãos é de R$ 600 milhões somente em Palotina. Neste relatório não foi feito levantamento das perdas na produção de frango, peixe nem suíno e também não há estimativa de custos com energia elétrica, fator que encareceu muito a produção. Por isso Zabotti também diz que foram feitas reivindicações nesse sentido, principalmente para energia elétrica e alimentação dos animais, já que a crise hídrica afeta diretamente esses setores: “Vamos discutir políticas que o governo pode implementar, uma das nossas reivindicações das cadeias produtivas de proteína animal é que o Governo Federal crie políticas de financiamento a custo extremamente baixo de juros para aquisição de alimento para o gado leiteiro. Esse é um dos grandes problemas nosso, comida que nós vamos ter que buscar em outras regiões pra atender essa nossa demanda. Também nessa cadeia, atendendo também a cadeiado leite, do peixe, do suíno e do frango é o programa da Tarifa Rural Noturna que o Governo do Estado retome a política que nós tínhamos lá atrás onde das 21h30 às 6h da manhã do outro dia nós tínhamos um desconto de 60% da tarifa da energia.”

Mas para a área de grãos também há reivindicações: “Nós estamos buscando aí as renegociações das dívidas mais custeio pra continuar plantando e também renegociação dos nossos compromissos com contratos de soja e milho que nós temos com as as integradoras, com as cerealistas, enfim, com quem tem sido feito o contrato de culturas de soja e milho pra entrega futura”, finaliza Zabotti.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

Débora Damasceno

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