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“Acordo ambiental proposto pela União Europeia é inconcebível”, diz FPA 4m273j

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: FPA

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu, nesta terça-feira (29), para debater os acordos diplomáticos que impactam de forma direta o setor produtivo brasileiro. O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, convidado da ocasião, explicou sobre os trâmites com a União Europeia e o Mercosul, além de atualizar os parlamentares acerca da importação do leite da Argentina e Uruguai.

Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), o Brasil possui o agro mais competitivo e organizado do mundo. Segundo ele, isso só acontece porque o país segue leis rígidas, como o Código Florestal, que permitem que o setor atinja índices satisfatórios na produção de alimentos e sem a necessidade de desmatar o meio ambiente. Por isso, na opinião do parlamentar, soa estranho seguir uma orientação da União Europeia a respeito do tema.

“Ninguém cumpre a lei como nós, especialmente, quando o assunto é meio ambiente. Mantemos a produção em 25% do nosso território, sempre amparados por leis jamais vistas em outro lugar do mundo. Mesmo assim, somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo. Seguir um acordo de redução de impactos como a Europa deseja vai atrapalhar nossa produção por completo”, enfatizou Lupion.

O líder da bancada acrescenta que as narrativas criadas mundo afora devem ser combatidas pelo Governo Federal. Os acordos ambientais propostos pelos europeus, em uma side letter (instrumento adicional ao acordo), são fruto de uma propaganda enganosa sobre o setor produtivo brasileiro.

“A side letter apresentada é inconcebível e precisa ser contestada. Existe uma propaganda internacional contra o agro sem precedentes. Lá na Europa eles não chegam nem perto dos números satisfatórios que temos aqui sobre proteção e preservação. O Itamaraty também precisa agir nesse sentido”.

Negociação e paciência 624h60

Para o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o momento é de negociação em todas as frentes. Acerca do acordo com a União Europeia, especificamente, ele entende que não será uma negociação fácil, mas que o Brasil não aceitará os termos como estão.

“Se aceitássemos cegamente, os resultados iriam interferir, inclusive, em projetos que poderiam ser financiados. Queremos levar adiante a negociação e há um interesse deles em encontrar um denominador comum. Já incluímos questões que nos atendem e dia 17 de setembro enviaremos a resposta”, informou.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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