FRUTICULTURA 5no12

Tem armadilha no pomar! Técnicos aprimoram monitoramento contra o greening 3c1w6l

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Armadilhas adesivas estão sendo instaladas em 43 municipios - Foto: Julia Chagas / Seapi

A citricultura é uma atividade social e econômica importante para o Rio Grande do Sul. Estima-se que atualmente são cerca de 8 mil produtores no Estado. Uma das principais tarefas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) é o monitoramento e a prevenção da HLB/Greening, considerada a doença mais devastadora da citricultura mundial e que ainda não teve registros no Rio Grande do Sul. Como forma de ampliar o Plano de Monitoramento de Diaphorina citri, vetor da doença do Greening, o Departamento de Defesa Vegetal (DDV) está instalando armadilhas adesivas em pomares comerciais e domésticos de citrus no Estado. Ao todo, 43 municípios gaúchos vão receber o material e serão mais de 200 pontos monitorados.

De acordo com a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapi, Rita Antochevis, as armadilhas adesivas amarelas atraem os insetos e eles ficam grudados. A cada 15 dias os fiscais estaduais agropecuários irão até o local para o recolhimento do material para análise e instalação de novas armadilhas. “Caso sejam encontrados os insetos, eles serão coletados e enviados para o laboratório, para analisar se estão infectados com a bactéria que causa do greening. Porque só ter a presença do inseto não quer dizer que tenha a doença, ele tem que estar infectado”, ressalta.

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A cada 15 dias os fiscais estaduais agropecuários farão monitoramento a campo – Foto: Julia Chagas / Seapi

 

Propriedade de São Sebastião do Caí está sendo monitorada

São cerca de 15 hectares de terra com plantio de citrus. Entre eles, laranja, bergamota e limão. Uma produção que iniciou nos anos 70,80 e desde lá vem ando de geração em geração. “Começamos a produção de citrus aqui em São Sebastião do Caí com meu avô. Aí ou para o meu pai, agora tem meu irmão trabalhando junto e quero ver se o isso aí para o meu filho”, destacou Rodrigo Gossler que hoje toca a produção de citrus ao lado do pai Alicio Gossler.

A propriedade registra uma produtividade de cerca de 8 mil caixas de 25 mil quilos durante a safra, que se destacam pela qualidade das frutas. Rodrigo Gossler autorizou a instalação das armadilhas nos seus pomares e vê com bons olhos o monitoramento que a Secretaria da Agricultura vem realizando. “Eu vejo como um trabalho preventivo. Porque se essa doença vier para cá nós vamos ter que mudar de ramo. E vai ser bem difícil. A gente não está acostumado a trabalhar com outras coisas. Foi a vida inteira só trabalhando em citrus”, garante.

 

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Rodrigo Gossler e o pai Alicio Gossler estão com os pomares de citrus sendo monitorados – Foto: Divulgação Ascom Seapi

 

 

Prevenção

O HLB/Greening já está presente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e na Argentina e Uruguai, que fazem fronteira com o Rio Grande do Sul. O DDV já faz o monitoramento da doença a campo há muitos anos, indo nos pomares para verificar a situação das plantas, e também a fiscalização nos postos de fronteira com relação ao trânsito de mudas que podem vir de fora do Estado. “O greening apresenta uns sintomas que são muito característicos que é amarelecimento da planta, os frutos ficam pequenos e deformados. Então quando as equipes encontram uma planta suspeita, coletam o material e encaminhamos para o laboratório”, afirma Rita.

Neste ano foram realizadas 18 coletas de plantas e frutos com sintomas, todas negativas para a doença.

 

Notificação de casos suspeitos

Caso os citricultores ou pessoas que tenham árvores de citros em pomares domésticos encontrem sintomas semelhantes, podem entrar em contato com a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3288-6294. Desta maneira, a Secretaria da Agricultura poderá enviar uma equipe de fiscalização para proceder à coleta de material para análise fitossanitária.

(Com rs.gov.br)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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