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Excesso de chuva, ventos fortes e granizo: O que fazer com a lavoura? 5t5v39
No Paraná, nas regiões que foram castigadas pelo excesso de chuva, os produtores se veem diante de três possibilidades em relação às lavouras, na tentativa de evitar prejuízos ainda maiores. A primeira é cruzar os dedos e seguir até o fim do ciclo com o que sobrou. A segunda é investir em insumos para tentar recuperar parte dos danos. A terceira é encarar o desafio do replantio, e para está hipótese, além do custo, outro fator limitador é conseguir realizar o feito dentro do prazo da janela, que para o Oeste do Paraná termina em 19 de dezembro.
Segundo o engenheiro agrônomo Juliano Scheeren, com as enxurradas e alagamentos, houve muitas perdas de stand, de plantas, principalmente onde a soja estava recém-emergida. “Com o excesso de chuva temos um ambiente propício para proliferação de fungos, phytophthora, rhizoctonia, fusarium (apodrecimento das raízes e tombamento das plantas ). Todo esse excesso de chuva prejudica o desenvolvimento do sistema radicular pela falta de oxigênio, se acentuando em solos compactados e sem cobertura, podendo favorecer o desenvolvimento de macrophomina em estádios mais avançados do ciclo da cultura”, observa.
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Em diversas regiões a chuva surgiu acompanhada de muito vento, causando perdas importantes às lavouras, rasgando as folhas das soja, o que se tornou um ponto de atenção pela perda de área foliar e abrindo porta de entrada para fungos e bactérias principalmente em cultivares mais suscetíveis. “Nessas situações o ideal é avaliar é necessário intervir com produtos específicos para bactériose pois boa parte dos fungicidas que usamos não tem ação bactericida.”, aconselha Scheeren.
Nas áreas em que houve a combinação de vento e granizo, o engenheiro agrônomo considera que algumas plantas ainda tem condição de se recuperar. “Temos que avaliar estádio que a planta se encontra e população final , para definir a condução da lavoura. Ideal aguardar a planta iniciar seu rebrote e entrar com produtos base de extrato de algas e aminoácidos para melhorar a fisiologia da planta associando macro e micronutrientes, realizar aplicação de cobre para cicatrizar as lesões e em algumas situações realizar um aporte de nitrogênio pois o processo de FBN da soja fica afetado pela perda de fotossíntese e diminuição de produção de fotoassimilados. Para quem não vai optar por replantio é preciso recuperar a planta”, orienta.