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Resgatados do tráfico, mais de 130 jabutis são devolvidos à natureza 5gb54

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Jabutis resgatados voltando a natureza Foto: Governo de São Paulo

Uma ação conjunta entre Estado e Prefeitura de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal e governo de Pernambuco está devolvendo mais de 130 jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) ao seu habitat natural. Os jabutis, vítimas de comércio ilegal, foram recolhidos e tratados no Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

Por não serem de uma espécie nativa do estado, os animais foram cuidadosamente transportados para Recife, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres da Prefeitura de São Paulo (CeMaCAS). O processo de soltura foi iniciado no ultimo dia 17.

Os animais foram levados em caixas, com boa ventilação e alimento, e posteriormente ficarão no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres Tangará, antes de serem devolvidos à natureza. A diretora do Cetras-SP, Sayuri Fitorra, explica que as repatriações envolvem um esforço coletivo entre estados. “É uma viagem longa, mas a espécie é muito resistente. São muitos indivíduos, a maioria adultos e grandes, por isso optamos pelo transporte terrestre”, afirma.

Só no ano ado, 282 jabutis foram repatriados para o Espírito Santo. “O jabuti é uma espécie que não ocorre naturalmente aqui no estado de São Paulo. Por isso realizamos a repatriação para outros estados. Encaminhamos para diferentes áreas tentando distribuir os indivíduos”, ressalta a bióloga.

Sobre o Cetras-SP – Diariamente, animais silvestres de diferentes espécies chegam ao Cetras-SP por diferentes razões, sobretudo por apreensões, resgates e devolução voluntária. Em 2023, o centro recebeu 8.880 animais, sendo 4.613 provenientes de apreensão, 1.021 de entregas espontâneas, 3.118 vindos de resgates e 128 de outras origens.

Desde a chegada até o encaminhamento do animal – seja para instituições especializadas ou reintegração à natureza – há um longo caminho no processo de reabilitação, sendo a marcação individual apenas o início. O número de registros cresceu mais de 22% entre 2022 e 2023: foram 4.700 indivíduos registrados no primeiro ano e 5.770 no ano ado.

O Cetras-SP possui equipe técnica especializada para identificar a espécie, avaliar o estado físico, comportamental e a procedência do animal tão logo chegue ao Centro. Posteriormente, é feito o registro, por meio de anilha (no caso das aves), micro ou nanochip (principalmente répteis e mamíferos de pequeno e médio porte, aplicados via subcutânea ou intramuscular, com o auxílio de um aplicador específico, ou nas carapaças, nos casos de jabutis e cágados, por exemplo).

Cada instrumento possui uma sequência numérica única, que fica associada ao cadastro do indivíduo no banco de dados do Cetras-SP, contendo além de informações básicas (data do recebimento, sexo, espécie e procedência), a ficha com informações sobre a saúde do animal.

Estes microchips e anilhas funcionam como uma espécie de “RG” do animal, obrigatório e essencial para controlar a entrada e saída dos animais no plantel do Centro, rastreabilidade de exames realizados e também para a emissão de licenças de transportes.

(Com Governo de São Paulo)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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