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Abastecimento: Vai faltar arroz por causa da enchente no Rio Grande do Sul? 445yo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Arquivo

 

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil. A safra estava sendo colhida, mas em algumas regiões, a enchente chegou primeiro. Muitas lavouras estão em áreas alagadas e logo trouxe uma preocupação ao brasileiro: “Vai faltar arroz? Se houver grandes perdas no Rio Grande do Sul o preço vai disparar?”

Para a primeira pergunta a resposta é, apesar das perdas previstas, não. Não porque há estratégias para evitar o desabastecimento.  A expectativa inicial era que a produção de arroz no território gaúcho chegasse a 7,5 milhões de toneladas, marca que corresponderia a 71% do total no País. Com as perdas, a produção deve girar em torno de 6,7 milhões de toneladas. Cerca de 83% das áreas foram colhidas até o início dos temporais.

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Do que restou nos campos, neste momento boa parte das lavouras está em áreas inundadas. A cultura a até sete dias embaixo d’água. Somente depois que os níveis baixarem os técnicos terão a situação consolidada. As perdas podem chegar a 700 mil toneladas.

O engenheiro agrônomo Modesto Daga destaca que a relação entre oferta e consumo o Brasil é bem ajustada. “A produção nacional é aproximadamente 10,5 milhões de toneladas e o consumo a 10,4 milhões de toneladas. Temos os estoques de agem, que gira em torno de 2 a 3 milhões de toneladas. Por essa matemática a probabilidade de falta é grande. No entanto, o arroz, embora seja a segunda cultura mais consumida no mundo, é a terceira mais produzida. O mundo tem arroz de sobra, inclusive em países vizinhos, como Uruguai e Argentina.”

O preço vai subir?

Lei da oferta e demanda. Se houver grande quebra das áreas submersas e também perda do arroz que estava estocado, teremos menos produto no mercado, inclusive com falta. Neste caso a tendência é de alta. “Por enquanto são análises de suposições,  não temos um cenário consolidado. Só teremos clareza ao final de maio, quando o nível da água baixar e permitir enxergarmos a realidade”, diz Modesto.

Importação

Como o arroz é o feijão são base da alimentação do brasileiro, o Governo Federal se prepara para a importação. “Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou.

(Da Redação, com Agência Brasil)

 

 

 

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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