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Mais de mil suínos morreram afogados nas enchentes 4h5v2x

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Freepik

A catástrofe no Rio Grande do Sul paralisou alguns frigoríficos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) 10 unidades produtoras de carne de aves e suínos suspenderam temporariamente as operações pela impossibilidade de processar insumos e transportar colaboradores. O Estado produz 11% da produção da carne de frango e 19,8% da produção nacional de suínos. Em algumas situações pontuais, a retomada pode levar 30 dias.

O Rio Grande do Sul produz por ano 11 milhões de suínos, o que representa aproximadamente 1 milhão de toneladas de carne/ano. Desse volume, 26% seguem para a exportação. Do restante, metade é consumida pelos gaúchos e a outra metade abastece outros estados.

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As cheias acertaram em cheio o Vale do Taquari, região líder na produção, responsável por uma fatia de 17,7%. Trata-se de um rebanho de quase 2 milhões de animais. Em Roca Sales, granjas foram atingidas pelas enchentes em deslizamentos e à medida que as imagens circulavam, o receio de grandes impactos era cada vez maior.

A semana começou com trégua na chuva e aos poucos os produtores tentam refazer o que foi destruído. O primeiro o foi desobstruir estradas e estabelecer o o às propriedades que ficaram ilhadas. “De terça-feira da semana ada até domingo ficou tudo inível. Não tinha como chegar às granjas pela enchente e deslizamentos.

Pontes foram levadas pela enxurrada foi necessário criar um grupo de trabalho do setor da proteína animal envolvendo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. “Alinhamos ações e definimos a lista de prioridades, o que o setor precisava emergencialmente dos entes. As estradas são fundamentais. Algumas propriedades ficaram realmente ilhadas e sem ração para os animais. Outros, para não deixar a granja sem comida, optaram pelo racionamento”, conta Valdecir Luís Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).

A semana começou sem chuva e aos poucos a realidade se mostra mais visível. “Algumas granjas foram afetadas pela água, outras por deslizamentos. Os números ainda não estão fechados, mas preliminarmente estima-se que mais de mil suínos morreram, a maior parte afogado.

As fábricas de rações estão em regiões mais altas. O problema foi que os ficaram impedidos. E com logística interrompida, a cadeia produtiva fica prejudicada, uma vez que muitos produtores dependem do transporte dos animais. Com as estradas bloqueadas, essa movimentação torna-se impossível, gerando um transtorno adicional para o setor. “É uma situação delicada. Os frigoríficos também estão sendo afetados pela dificuldade de o, o que agrava ainda mais o problema.”

Sobre o abastecimento de carne suína, Folador já vê o cenário com maior clareza e acredita que a oferta não serão tão impactada. “A região mais afetada é responsável por cerca de 25% da produção de suínos do Estado. Os outros 75% estão em áreas que não foram atingidas. Há uma previsão que na região metropolitana de Porto Alegre possa enfrentar desabastecimento, mas não por falta de produção, e sim pela dificuldade de o”, finaliza o presidente.

(Da Redação)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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