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Guaíba tem 2a. maior enchente da história 2973w

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: GUSTAVO MANSUR/GOVERNO DO ESTADO

A Prefeitura de Porto Alegre decretou estado de calamidade pública, devido a enchente do Guaíba. O nível da água segue subindo e superou a marca de 4,50 metros na manhã desta sexta-feira, 03, com águas invadindo ruas de Porto Alegre. Estas marcas somente foram vistas na enchente de maio de 1941, aproximando-se das cotas históricas alcançadas na cheia recorde de mais de 80 anos atrás. O Guaíba apenas ou de 4 metros nos últimos 150 anos em 1941, quando a cota máxima foi de 4,76 metros. Com os 4,50 metros, foram superados por larga margem os dois picos de cheia do ano ado de 3,18 metros de setembro e os 3,46 metros de novembro, e a cheia de 1873 que marcou 3,50 metros.

Desde a enchente de 1941, esta é apenas a quarta vez em que o Guaíba alcançou a cota de transbordamento de 3,00 metros no Cais Central. Entre 1941 e 1967 (3,11 metros) foram necessários 26 anos para a marca fosse alcançada. Depois foram precisos outros 56 anos para que a marca fosse atingida. Agora, em apenas nove meses, o Guaíba bateu a marca de 3,00 metros em três oportunidades: setembro, novembro e nesta cheia de 2024.

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O nível do Guaíba seguirá subindo hoje. A inundação das ilhas será catastrófica com água com altura de até dois metros em diversos pontos. Espera-se ainda inundação severa no bairro Ipanema e outras áreas que não têm proteção de diques nas margens, como pontos entre os diques e o Guaíba tais como a nova orla e o CT do Grêmio. Mais ao Sul da cidade, muitas áreas devem ter muito graves inundações, como no Lami.

Se o robusto sistema de contenção de cheias (Muro da Mauá e diques) funcionar como foi planejado e à perfeição, o Guaíba não invadirá a cidade. Mesmo assim, pelo refluxo na rede pluvial, como ocorre em grandes enchentes, ocorrem alagamentos nas áreas próximas da Voluntários da Pátria entre o Quarto Distrito e a Rodoviária assim como na região na Praia de Belas (imediações do Tribunal de Justiça).

A muito grave cheia do Guaíba represa o Arroio Feijó, causando inundações na zona Norte e graves em Alvorada assim como represa o Rio Gravataí entre Gravataí e Cachoeirinha, com alagamentos e inundações. Em Canoas, a situação fica crítica porque a cidade sofrerá os efeitos da grande cheia do Guaíba com represamentos dos rios Caí e Sinos, além do transbordamento do Rio Gravataí, em cenário mais perto do evento histórico de 1965.

O vento em se tratando do Guaíba é elemento fundamental e que agrega uma margem enorme de possibilidade em termos de prognóstico de pico de cheia. Entre hoje e parte do sábado, quando a maior vazão dos rios contribuintes estiver chegando, se projeta vento Sul que tende a represar as águas na parte Norte da Lagoa dos Patos, agravando a subida da cheia.

Os dois principais rios contribuintes do Guaíba, Jacuí e Taquari, am por cheias de caráter histórico. O Taquari atingiu na tarde de ontem mais de 33 metros em Estrela, muito acima dos recordes de 1941 e 2023 de 29 metros. As águas do Taquari chegam mais rapidamente à área de Porto Alegre e em explicam em parte a forte elevação de hoje. Outros três rios desembocam no Guaíba: Caí, Sinos e Gravataí. Os três apresentam cheia e de grandes proporções.

(Com METSUL)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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