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Projeto visa melhorar a produtividade e reduzir emissões de metano 59491d

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Arquivo/Pesquisador

Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP), conduzem um projeto visando melhorar a produtividade da pecuária e otimizar a emissão de gás metano em Mato Grosso. O estudo, intitulado “Novas Dietas para Bovinos com Base em Espécies Nativas na Amazônia Mato-grossense”, é financiado pelo Governo do Estado, pelo edital nº 010/2021 Pesquisa com Alto Nível de Maturidade Tecnológica (PANMT) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

O projeto concentra-se no uso de espécies nativas, como o “Amarelinho” (Chloroleucon acacioides) e o “Bordão de Velho” (Samanea tubulosa), na alimentação animal.

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Segundo o coordenador do projeto, doutor Alexandre de Azevedo Olival, além dos possíveis benefícios nutricionais, o manejo correto dessas árvores nas pastagens pode melhorar o bem-estar animal e ter impactos positivos no solo e nas plantas forrageiras.

“É um importante o para enfrentar os desafios da pecuária em Mato Grosso, onde podemos adotar práticas mais sustentáveis e eficientes, utilizando algumas espécies nativas na alimentação animal, com ótimos resultados, fortalecendo assim o setor pecuário no estado”, destacou o pesquisador

A pecuária desempenha um papel essencial na economia de Mato Grosso, porém, muitas áreas de pastagens encontram-se degradadas, o que dificulta o sistema de produção a pasto e impacta negativamente a biodiversidade. Diante desse cenário, cresce o interesse por alternativas sustentáveis que possam aumentar a produtividade com baixo impacto ambiental.

A espécie “Bordão de Velho“ (Samanea tubulosa), na época da chuva
Créditos: Arquivo/Pesquisador

O projeto é conduzido em três dimensões: avaliação da produção anual e características dos frutos das espécies estudadas, análise da composição dos frutos e dos processos de fermentação in vitro, e avaliação do desempenho e comportamento animal de novilhas alimentadas com os frutos.

Os resultados mostram que o uso do “Amarelinho” e do “Bordão de Velho” na dieta bovina não apenas reduz a emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa associados à pecuária, mas também aumenta o ganho de peso dos animais de corte, contribuindo para uma melhor eficiência produtiva.

A espécie do “Amarelinho” (Chloroleucon acacioides) em época da seca, quando é colhido os frutos. Créditos: Arquivo/Pesquisador

A pesquisa representa um avanço significativo para a pecuária em Mato Grosso, oferecendo diretrizes práticas para a implementação eficaz dessas espécies na alimentação animal. O pesquisador destaca o papel fundamental da parceria entre instituições acadêmicas e o apoio de organizações como o Instituto Ouro Verde e a COOPERGUARITA, cooperativa que congrega coletores de sementes e produtores de leite em oito municípios no norte de Mato Grosso.

(Com FAPEMAT)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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