AGRICULTURA 202h3b

Queda na oferta de soja gaúcha preocupa contexto nacional y6o4l

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Ricardo Stuckert

Com muitas lavouras do Rio Grande do Sul prejudicadas pelas enchentes, a produção e a exportação de soja do estado devem cair, limitando a disponibilidade nacional.

Antes dessa tragédia, agentes de mercado consultados pelo Cepea acreditavam que a maior produção de oleaginosa do RS poderia compensar, ainda que em partes, a redução na colheita em regiões do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil, atingidas por estiagem na safra 2023/24.

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Até o momento, a atividade da retirada do grão atinge 96,4% da área estimada (45 milhões de hectares). Cerca de 78% da safra de soja do Rio Grande do Sul foi colhida e estima-se que até três  milhões de toneladas foram perdidas com as enchentes.

“O mesmo raciocínio se faz com o milho. Metade das lavouras não tinham sido colhidas. Nessas culturas as perdas são muito mais significativas e isso vai influenciar no mercado interno, na oferta. Nossa safra de milho foi muito ruim e essa quebra vai fazer falta. Com soja, o impacto, é inegável. Nesse momento as análises são suposições. Somente quando a água baixar teremos a veracidade do prejuízo”, diz o engenheiro agrônomo, Modesto Daga.

Segundo pesquisadores do Cepea, essas incertezas têm estimulado a comercialização envolvendo a soja no spot nacional. Compradores domésticos mostram interesse em garantir seus estoques, e, como a procura externa por soja e derivados está aquecida, o Cepea verifica certa disputa entre demandantes brasileiros e estrangeiros.

Como resultado, os preços subiram para os maiores patamares desde a primeira dezena de janeiro deste ano. Quanto aos embarques, na parcial de 2024 (de janeiro a abril), o Brasil exportou 36,79 milhões de toneladas de soja, um recorde para o período e 10% superior ao volume escoado no mesmo comparativo do ano ado, de acordo com a Secex.

(Fonte: Cepea)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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