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Entenda o manejo correto de inseticidas para o controle da temida Cigarrinha y2j7

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: FAEP

Nos últimos anos, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem ocasionado severas perdas na cultura do milho, variando entre 70% a 90% em casos mais extremos. Em campo, o critério para uso do inseticida é a presença ou a ausência do inseto, pois trata-se de um transmissor de doenças (enfezamentos e vírus).

Em estudos desenvolvidos na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) na safra 2023/24, observou-se que o atraso na aplicação pode acarretar perdas em torno de 50%, evidenciando a importância do manejo no início da pressão da praga.

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Desse modo, é importante a integração de produtos químicos e biológicos. Dentre os químicos, há opção de ingredientes ativos (i.a) dos grupos dos Organofosforados, Carbamatos, Neonicotinoides+Piretroides, Isoxasolinas (i.a isocicloseram) e Tiadiazinona (i.a Buprofezina, regulador de crescimento).

A rotação desses mecanismos de ação é fundamental para reduzir problemas com resistência. As Isoxasolinas (mecanismo de ação novo) foram registradas na safra 2023/24 e assim podem ser integradas aos Organofosforados, Carbamatos e Neonicotinoides, reduzindo a probabilidade de resistência.

Em um estudo desenvolvido na UEPG na temporada 2023/24 foi observado que os Neonicotinoides (Imidacloprido + Bifentrina), na dose 0.4 L/ha, apresentaram a maior ação residual para ninfa (fase juvenil da cigarrinha-do-milho) quando comparado aos inseticidas de choque, aqueles de ação rápida e que matam também aos inimigos naturais.

Além dos químicos, os inseticidas biológicos também têm contribuído para a redução populacional da praga. Dentre os fungos, atualmente há registro para a Beauveria bassiana e Isaria fumosorosea. De modo geral, devem ser realizadas, no mínimo, duas aplicações de biológicos.

No campo, a maior eficiência tem sido observada a partir da fase V3/V4, quando a planta está maior e com mais folhas, o que permite melhor estabelecimento dos fungos no meio ambiente. Por exemplo, em um estudo da UEPG na safra 2022/23 o efeito residual, aos sete dias após a pulverização, foi duas vezes maior quando houve três aplicações sequenciais (estádios V3, V5 e V7).

Mesmo os híbridos tolerantes têm apresentado redução entre 10% a 20% na produtividade quando o manejo não é assertivo. Em razão disso, é importante integrar estratégias, como a rotação de mecanismos de ação (para reduzir problemas de resistência) e associação com biológicos (compatíveis), de modo que o problema possa ser minimizado em campo.

Esse estudo faz parte da Rede Complexo de Enfezamento do Milho (Rede CEM), formada por universidades estaduais, cooperativas, centros de pesquisa e instituições de governo, que está fomentando iniciativas de manejo e controle da praga.

Sua coordenação cabe à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com apoio do Sistema FAEP/ SENAR-PR e Fundação Araucária.

(Com FAEP)

Autor: Fernanda Toigo

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Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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