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ATeG ajuda olericultora a profissionalizar a gestão da propriedade 41184r

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: SENAR

Desde 2019, a produtora Rosana Gabardo Pallu se dedica à produção de morangos, na propriedade da família, em Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com o negócio dando certo, a produtora deu um o ousado e dobrou o número de estufas. O avanço na produção, no entanto, trouxe desafios. Com isso, Rosana ou a ter dificuldades para manter a gestão da propriedade. Há um ano, a produtora ou a receber Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEP/SENAR-PR. A consultoria personalizada foi determinante para que a produtora profissionalizasse a gestão e, agora, planeje uma nova expansão do negócio.

O aumento de produção na propriedade ocorreu em 2021. Até então, Rosana mantinha duas estufas, em que cultivava 10 mil pés de morango, com produtividade média de 12 toneladas por ano. A expansão ocorreu para que o marido José Marcos pudesse deixar o emprego de metalúrgico para se dedicar integralmente aos morangos. Com duas novas estufas, a produção média saltou para 18 toneladas/ano. Mas o volume de trabalho fez com que a família fosse deixando de lado boas práticas de gestão, como fluxo de caixa (quanto ganhava e quanto gastava). Foi aí que viu acender o alerta.

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“Ficou uma bagunça. Nós não tínhamos noção exata de quanto estava custando o morango que a gente produzia. Não tínhamos ideia do lucro, do que entrava e do que saía. Estava sem controle. Eu vi que nós precisávamos de algo que organizasse a gestão”, Rosana Gabardo Pallu, produtora rural em Mandirituba.

Então, a ATeG do Sistema FAEP/SENAR-PR apareceu na vida da família. Em junho de 2023, a propriedade recebeu a primeira visita do técnico Edenir Koslovski, que identificou que o casal precisava profissionalizar a gestão do negócio. Em conjunto, o técnico e os produtores fizeram o inventário dos bens da propriedade, o levantamento dos custos de produção e estabeleceram o fluxo de despesas e de receitas. A partir disso, a família pode ter uma visão real e abrangente do negócio.

Desde então, Rosana e José Marcos anotam todas as movimentações financeiras em um caderno de campo. A cada visita mensal do técnico, os dados são lançados na plataforma digital da ATeG. O programa gera uma série de dados e de gráficos, que otimizam a gestão. Todos esses recursos podem ser ados pelos produtores a qualquer momento, em tempo real, a partir de um aplicativo de celular. Tudo isso possibilita a profissionalização da gestão e contribui para que os produtores tomem decisões de forma mais segura e assertiva.

“A cada visita, a gente lança no sistema os dados que o produtor anotou. Com isso, ele consegue acompanhar de forma dinâmica. Se ele quiser saber qual o custo de produção, está ali. Se quiser saber quanto gastou com embalagens nos últimos 12 meses, consegue ver na hora. Ele tem tudo isso e muito mais na palma da mão”., explica Koslovski. “Agora eu sei o quanto eu gasto em cada pezinho de morango”, resume Rosana.

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A ATeG não se restringiu aos serviços istrativos. Nas estufas, o técnico identificou que as plantas – algumas já avam dos cinco anos – estavam perdendo a capacidade produtiva. Koslovski e os produtores fizeram as contas e chegaram à conclusão de que era necessário substituir todas as mudas da propriedade. Optaram por variedades chilenas e espanholas. Agora, os produtores esperam um recorde de produção no próximo semestre. “Até janeiro de 2025, devemos colher 15 mil quilos da fruta”, aponta Rosana.

Além disso, o técnico também mantém um olhar apurado em cada visita, fazendo recomendações de acordo com as necessidades de cada propriedade. Com mais de 30 certificados de cursos do Sistema FAEP/SENAR-PR, Rosana sabe o que fazer. Mas a visão específica do profissional sempre ajuda nos cuidados com as estufas, desde os tratos culturais ao controle biológico de pragas e de doenças.

“Cada produtor tem suas particularidades. Então, em cada propriedade faz uma recomendação ajustada, seja de manejo ou de algum tipo de investimento”, explica Koslovski.

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Com o cultivo indo bem dentro das estufas e com a gestão profissionalizada, Rosana e José Marcos aram a ter o negócio nas mãos. Assim, o casal já planeja uma nova expansão. Os produtores começaram a investir no cultivo de mirtilo e de amora – essa última deve dar a primeira florada já em setembro. Além disso, eles vão ampliar a produção de morangos: até o fim do ano, a propriedade contará com mais uma estufa, totalizando 25 mil pés da fruta. “Nosso sonho é chegar a 100 mil plantas de morango”, revela Rosana.

A propriedade é istrada com mão de obra exclusivamente familiar. Além de Rosana e José Marcos, dois filhos do casal – de 24 e de 27 anos – já contribuem com o negócio, trabalhando inclusive na distribuição. Além disso, a irmã de Rosana também atua no cultivo.

Fora da porteira, a família também atua para fortalecer a fruticultura do município. Rosana é vice-presidente de uma cooperativa em Mandirituba, que reúne 40 produtores de morango. Fundada há três anos, a entidade tem contribuído para que os produtores consigam otimizar a distribuição e a comercialização, implicando em mais dinheiro do bolso dos cooperados.

“A ATeG também tem ajudado nessa visão de cooperativa. Temos muitos produtores organizados, cultivando de acordo com as boas práticas. A gente tem o objetivo de que Mandirituba fique conhecida pelo morango”, conclui Rosana.

(Com FAEP)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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