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Invasores de terra pedem presença da Itaipu e afirmam estar dispostos para matar e morrer 4m643n

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Divulgação

O grupo de supostos indígenas, que desde o último domingo (7) ocupa a Fazenda Brilhante, em  Terra Roxa, no Oeste do Paraná, segue irredutível na decisão de permanecer na área. A Força Nacional está no território. Incra e Funai foram acionados, mas os invasores pediram a presença de representantes da Itaipu Binacional para que as tratativas avancem. Nesta terça-feira não houve registro da presença de nomes da Itaipu no local do conflito. Informações extraoficiais eram de que uma reunião estaria acontecendo para discutir o tema.

O clima é de tensão na região. Na noite de ontem, por pouco não houve conflito. A proprietária da fazenda, Adeliza de Veron, esteve no local e foi ameaçada. “Estive com os invasores propondo amigavelmente um acordo, mas fomos ameaçados. Eles nos disseram que estão dispostos a matar e morrer”, relatou a uma equipe de reportagem da TV Tarobá.

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A propriedade foi documentada em 1960, ou seja, antes do marco temporal. A tese prevê que indígenas só podem reivindicar a demarcação de terras que já eram ocupadas por eles na data de promulgação da Constituição de 1988.  A suspeita é de que parte do grupo não seja de povos originários. Cogita-se a presença de paraguaios e até argentinos em meio aos invasores.

No município a invasão gera clima de insegurança. “Vivemos numa situação muito complicada. Os indígenas querem que 20% da área do município seja demarcada. Outras invasões aconteceram, houve ordem para reintegração, mas nem todas foram cumpridas,” relatou Ivan Reis, prefeito da cidade.

ITAIPU

A presença da Itaipu foi requisitada pelo grupo devido ao posicionamento anunciado pela Binacional sobre o interesse em adquirir terras para realocar indígenas reparando o que considera uma dívida histórica.

No fim do ano ado o Portal Sou Agro veiculou uma reportagem sobre o tema, quando a Itaipu confirmou a formação de um Grupo de Trabalho (GT) envolvendo órgãos estatais como Casa Civil, Advocacia Geral da União, Fundação Nacional do Índio (Funai), Incra e Ministérios afins. (Relembre aqui)

A missão do grupo era definir qual o tipo de reparação a ser feita pela Itaipu em relação aos indígenas Ava Guarani do Oeste do Paraná. O GT tem como objetivo fazer diagnóstico a respeito dos direitos dos povos Guarani e a construção da Itaipu.

SETOR PRODUTIVO

O setor produtivo convive com o medo constante das invasões. Produtores rurais estão unidos para exigir que o direito à propriedade prevaleça. A orientação é por movimentos pacíficos de forma que a situação não fuja ao controle das Forças de Segurança.

NOTA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informa (MJSP) que na madrugada de segunda-feira (8/07) um grupo composto por cerca de 50 indígenas seguiu em direção a terras demarcadas no município de Terra Roxa, no Paraná. No entanto, a única maneira de o ao território é por meio de uma propriedade privada, cujo proprietário não autorizou a agem dos indígenas. A Força Nacional atua na região ao lado da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Polícia Militar do Paraná intermediando os debates, o que ocorre de forma pacífica.

 

 

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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