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Horto deverá oferecer opções de renda ao produtor e impulsionar agricultura sustentável 6u3h5e

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

IDR-Paraná terá horto de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. IMAGEM: ID-PR

IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) lança nesta sexta-feira (16), em Londrina, no Norte do Estado, a pedra fundamental do Horto de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares Pesquisadora Beatriz Rugani Ribeiro de Castro. Devem participar do evento os secretários da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona.

De acordo com Vania Moda Cirino, diretora de Pesquisa e Inovação do IDR-Paraná, a iniciativa vem coroar mais de 50 anos de pesquisas na área, iniciadas ainda na década de 1970. “Será um centro interdisciplinar de referência em conservação da biodiversidade e desenvolvimento tecnológico que beneficiará agricultores, a economia regional e a saúde da população em geral”, diz.

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O horto vai operar com abordagem multifacetada e foco na preservação da biodiversidade, principalmente a local e ameaçada. “Serão implantados protocolos para a produção e distribuição de mudas certificadas a produtores interessados, garantindo as propriedades fitoquímicas das plantas”, acrescenta a diretora.

A instituição conta com um acervo de 135 espécies em cultivo permanente. Com a estruturação do horto, a expectativa é que esse número ultrae 400. “Além da preservação nos herbários, a implantação de um horto é a melhor alternativa para manutenção de uma coleção rica e diversificada de plantas vivas como a do IDR-Paraná”, afirma.

No âmbito do desenvolvimento tecnológico, o horto possibilitará otimizar técnicas de cultivo, extração e processamento de princípios bioativos. Essas pesquisas explorarão as propriedades medicinais, aromáticas e condimentares com o objetivo de averiguar a possibilidade da criação de bioinsumos e o aprimoramento de produtos. “Não se trata apenas de conservar, mas também de inovar, colaborando com startups para desenvolver novos produtos que beneficiem a agricultura e a saúde”, afirma.

Bioinsumos são produtos naturais que podem ser utilizados no manejo sustentável de pragas e doenças das lavouras. Podem substituir ou complementar agroquímicos, reduzindo os impactos ambientais e protegendo a saúde do agricultor e do consumidor.

Ainda de acordo com a diretora, a oferta de capacitação será um dos pilares de atuação do horto. Serão oferecidos programas direcionados a profissionais da agricultura, saúde, microempresários e estudantes. “A ideia é capacitar agentes envolvidos na cadeia produtiva, promovendo a sustentabilidade e o empreendedorismo na área”, acrescenta.

INFRAESTRUTURA – O horto será instalado em uma área de 10 mil metros quadrados na sede de pesquisa do IDR-Paraná, em Londrina. Contará com estufas, canteiros para o cultivo das plantas e laboratórios para análise química e desenvolvimento de produtos, além de sistema de irrigação e salas de preparo e treinamento. Também integrará o projeto uma outra área, de 5 mil metros quadrados, destinada à conservação de plantas medicinais, aromáticas condimentares de porte arbóreo.

O horto será impulsionado por parcerias estratégicas com universidades, centros de pesquisa e o setor privado. “A colaboração com a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Federal de Minas Gerais fortalecerá a pesquisa interdisciplinar e a troca de conhecimentos. A participação de empresas privadas no projeto será essencial para dar escala aos produtos desenvolvidos”, afirma Vania.

HOMENAGEM – O horto levará o nome da pesquisadora Beatriz Rugani Ribeiro de Castro. Recém-formada em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ligada à USP (Universidade de São Paulo), Beatriz Castro ingressou no quadro de servidores do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) em 1985, para integrar a equipe do icônico cientista Milton Alcover, que iniciara na instituição trabalho pioneiro com plantas medicinais, aromáticas e condimentares, em uma linha de pesquisa à época denominada de “plantas potenciais”. Beatriz Castro morreu ainda no início de sua carreira, em 1993, vítima de um acidente de trânsito.

IMAGEM: IDR-PR

Serviço:

Lançamento da pedra fundamental do Horto de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares

Data: 16/08 (sexta-feira)

Horário: 14 horas

Local: Sede de pesquisa do IDR-Paraná em Londrina (Rodovia Celso Garcia Cid, km 375 – saída para Curitiba)

(Com AEN/PR)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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