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Mangalarga, o Cavalo de Sela Brasileiro 5z4a5e

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Birica é quem cuida dos animais da Lagoa Branca. Foto: Fernando Dias/Seapi

Quando os dias começam a ficar mais quentes, os cavalos da raça Mangalarga do Sítio da Lagoa Branca, localizado em Águas Claras, Viamão, nadam nas águas da lagoa. Ou “fazem hidroginástica”, como diz o criador Laércio Leismann. Essa atividade é uma das que fazem parte da preparação dos animais que participam da Expointer. Nesta 47ª edição, Leismann vai levar três: uma fêmea para julgamento morfológico, um macho castrado para prova de andamento e um macho não castrado para demais provas da raça.

Leismann conta que o Mangalarga é conhecido como o “Cavalo de Sela Brasileiro”. Ele começou a criação em 1998 e hoje possui 15 exemplares. Os que vão para a 47ª Expointer, de sufixo da Lagoa Branca, são o Imperador (um alazão marrom de 16 anos), a Konora do Anélio (também alazã marrom, de 4 anos) e o Procurador (um rosilho de 8 anos). A Konora é a mais alta da turma, tem 1,55 metros de altura (da cernelha ao chão). Eles pesam, cada um, cerca de 500 quilos.

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O cavalo Procurador participa da prova de andamento. Foto: Fernando Dias/Seapi

“O Procurador vai para prova de andamento. A Konora participa do julgamento morfológico, que engloba aprumos, o, morfologia e andamento dinâmico (montada). E o Imperador fará provas de seis balizas, três tambores, cinco tambores e de maneabilidade (prova completa: baliza, tambor, giro, salto, recuo e abrir, ultraar e fechar porteira), além da prova Cavalo contra moto, da qual participam quatro motoqueiros profissionais. É feita em seis balizas e em duas pistas, contra o cronômetro (fotocélula)”, explica o criador.

A preparação dos animais para a feira começa ao final da Expointer anterior. Segundo Leismann , nos 37,5 hectares do Sítio, os animais vivem soltos a campo a maior parte do tempo. “Exploramos sua rusticidade durante os seis primeiros meses. Na sequência, eles vão para a cocheira, onde começa o trabalho visando ao julgamento morfológico, ou às provas. Também é utilizada a Lagoa, onde eles fazem hidroginástica para desenvolver a musculatura, o porte e a preparação física. Além das caminhadas e marchas. O Mangalarga é um cavalo marchador”, define o produtor. “E seis meses antes da feira, eles ficam mais nas cocheiras”, acrescenta.

De acordo com Leismann, a alimentação nos seis primeiros meses é rústica, no campo: aveia branca, tifton e azevém. Depois, os animais comem ração especial. “Pela manhã, pasto a campo em piquetes próximos às cocheiras, à tarde uma ração especial”, explica. “E eles saem da cocheira para o eio diário. Fazem parte da preparação também o banho, a tosa, o cuidado com os cascos e com o pelo. No inverno todos usam manta protetora e ficam nas cocheiras”.

O funcionário do sítio há mais de 20 anos, Alberi Bilharva, conhecido como Birica, é quem cuida dos animais. “Ele tem curso de casqueamento, apresentação em pista e de doma, entre outros, e conduz os animais para julgamentos”, comenta Leismann.

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Os animais são escovados todos os dias. Foto: Fernando Dias/Seapi

Conforme ele, o animal tem que ser dócil e obediente aos comandos para participar dos julgamentos e das provas. A crina deve ser desembaraçada e livre e é preciso cuidados com o casco e a pelagem. “O pelo é escovado todos os dias, e o rabo é desembaraçado e trançado. Às vezes fazemos tranças nas crinas também. Este ano, no rabo, vamos trançar e deixar só a ponteira solta”, adianta Leismann. “E antes das apresentações na Expointer, pulverizamos nos animais citronela diluída, para evitar que insetos atrapalhem a apresentação”.

O criador participa da Expointer desde 2001 e já ganhou alguns prêmios, como de melhor andamento, potra jovem, égua sênior – que foi grande campeã, a Haragana da Lagoa Branca -, entre outros.

(Com Agricultura/RS)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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