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Brasileiro é acusado de incêndio gigante que cobre o Paraguai de fumaça 2a6d5t

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Assunção está coberta de fumaça com paisagem marciana e péssima qualidade do ar | RÁDIO UNO

Um incêndio gigantesco atinge áreas de vegetação na região de Chovoreca, no Norte do Paraguai e junto à fronteira com a Bolívia. A área queimada supera 100 mil hectares e o fogo é descrito pelos bombeiros como “incontrolável” tal a extensão da área queimando e as condições atmosféricas de vento, muito baixa umidade e calor extremo.

O incêndio no Cerro Chovoreca teria começado ainda na semana ada, segundo os moradores, e foi resultado de trabalhos de limpeza realizados na fazenda Clemencia S.A., que seria propriedade do brasileiro Tomás Reis, de acordo com a imprensa paraguaia. Segundo os primeiros relatos, o incidente ocorreu em uma área protegida e habitat do povo indígena e florestal Totobiegosode (ainda não civilizado e, portanto, isolado da população).

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Para os moradores não há dúvida de que o incêndio foi intencional na propriedade do fazendeiro, onde foram queimadas as colleras (lenha seca), produtos do desmatamento. Afirmam que o proprietário da fazenda foi avisado das consequências que a queimada poderia causar, considerando o clima seco e os ventos fortes que predominavam na área, mas os avisos foram ignorados.

Para combater os incêndios, também se juntaram à tarefa bombeiros florestais da Secretaria Nacional de Emergência (SEN) e dos Bombeiros Voluntários azul e amarelo, que já partiram para a zona do Parque Nacional Chovoreca. Os grandes incêndios no Chaco ocorrem nas fazendas Campo Grande, Uruguai, Fazenda Nicanor e Chovoreca. Moradores da região descreveram o cenário de fogo como um “filme de terror” em entrevista ao jornal ABC Color de Assunção.

As imagens de satélite no fim de semana mostravam que a fumaça resultante do incêndio era muito densa e se estendia por centenas de quilômetros para o Sul com tendência de migrar para o Nordeste da Argentina e os estados do Sul do Brasil. O impacto ambiental atinge a capital Assunção com a fumaça do incêndio no Chaco se somando a que chega da Bolívia e da Amazônia brasileira.

De acordo com relatórios do IQAIR, a concentração de PM2,5 em Assunção é atualmente 13,6 vezes maior do que o valor da diretriz anual de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que representa um índice “prejudicial” para aqueles que estão expostos.

(Com Metsul)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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