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Pecuarista é acusado de deixar 50 bois morrerem de sede e outros mil debilitados 1d2h3n

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: PMA

O pecuarista que deixou 50 cabeças de gado morrerem atoladas na lama formada pela seca do Rio Taquari, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, é reincidente e já foi responsabilizado por crime de maus-tratos contra animais. O homem de 62 anos, foi denunciado pela primeira vez em 2021, na época, ele mantinha cachorros, porcos e até cavalos, sem alimento e água.

Recentemente o pecuarista voltou a ser alvo de investigação. O flagrante de maus-tratos começou com vídeos gravados por pescadores que navegavam pelo Rio Taquari: nas imagens, diversos animais agonizavam, atolados na lama, com fome e sede.

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Equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) foram as primeiras a chegarem. A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) também foi chamado e descobriram que a situação era ainda mais grave: 50 cabeças de gado haviam morrido, outras mil estavam tão debilitadas que sequer conseguiam andar.

Na tentativa de salvar os animais, as equipes ofereceram água de garrafas térmicas para o gado e os tiraram da lama.

O pecuarista foi encontrado no domingo (8). Foi levado para a delegacia, indiciado por maus-tratos e liberado depois de pagar uma multa pelo crime cometido.

Agora, vai esperar as apurações em casa. Mas essa não é a primeira vez que ele é alvo de investigações.

Reincidente 30u1o

Em 8 de dezembro de 2021, uma ONG denunciou Hildebrand por crime ambiental em uma fazenda, em Campo Grande. Policiais da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) foram ao local e encontraram cães abandonados e outros animais, sem alimento e água.

O corpo de um cavalo foi encontrado em avançado estado de decomposição e na época, testemunhas disseram aos policiais que o animal tinha morrido por falta de água e alimentação adequada. Porcos e galinhas também estavam em local insalubre na propriedade.

“Todos os animais se encontravam sem o à água e comida. Os bichos estavam trancados em um cercado, apresentando extrema magreza. Todos os animais tinham carrapatos”, narrou o boletim de ocorrência do caso, registrado em 2021.

No laudo de maus-tratos foi identificado que a propriedade estava abandonada há vários dias. As condições dos animais eram as seguintes:

  • Um cachorro macho apresentava escore corporal muito magro e a fêmea magra. Estavam desidratados, com muita fome e sede;
  • Os dois porcos estavam em um local fechado, sem água e sem alimento. Estavam magros e agitados;
  • O galo estava num local telado, com cobertura e apenas água;
  • A galinha e os pintinhos também estavam num local fechado, porém pequeno e sem água;
  • A propriedade encontrava-se em água e sem energia.

Os animais domésticos foram resgatados pela Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal). As equipes também alimentaram os outros bichos.

A última movimentação no processo ocorreu em maio deste ano, quando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou o fazendeiro por crimes ambientais. O caso segue na Justiça de Mato Grosso do Sul.

(Reportagem: José Câmara e Geisy Garnes – Primeira Página)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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