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Seca causa prejuízos no campo 1b474g

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Faep

A estiagem que atingiu o Paraná na safra 2023/24 causou perdas de quase R$ 10 bilhões ao Valor Bruto de Produção (VBP) da agricultura e afeta diretamente as atividades pecuárias. Quem traz os detalhes sobre essa situação são os técnicos Ana Paula Kowalski e Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE), do Sistema FAEP. Os dois são os convidados dessa semana do programa de rádio Campo & Cia.

Na agricultura, conforme o levantamento do Sistema FAEP, com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a maior perda em termos financeiros ocorreu na soja, com perda de R$ 6,5 bilhões na safra 2023/24. Em seguida vem o milho segunda safra, com R$ 1,4 bilhão, e o trigo, com prejuízos de R$ 616 milhões. Somando todas as perdas, chega-se à cifra de R$ 9,94 bilhões.

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Chuva avança em áreas de seca com alívio na qualidade do ar

“A produção de grãos safra 23/24 foi fortemente afetada pelas estiagens ocorridas ao longo do ciclo e, pelas geadas tardias. As produtividades obtidas, quando comparadas à estimativa inicial, foram reduzidas, tanto na safra de verão, quanto inverno”, enfatizou Ana Paula Kowalski, do DTE do Sistema FAEP.

Já na pecuária, o problema da estiagem teve maior severidade no bimestre de agosto e setembro. Como uma das consequências da estiagem, o número de focos de incêndio se elevou a números alarmantes, prejudicando o meio-ambiente, áreas de preservação ambiental e algumas lavouras e pastagens.

“Nas regiões mais quentes, não é possível cultivar gramíneas (pastagens) de clima temperado e de maior potencial nutricional como a aveia e o azevém. Nestes locais, os pecuaristas estão utilizando técnicas como manter o gado nas pastagens secas, com uso de sal proteinado, o que permite manutenção nutricional destes animais, porém sem ganhos de peso”, problematizou Mezzadri.

Paraná já bateu recorde de incêndios florestais em 2024 9845

Outro efeito das estiagens severas é o aumento na ocorrência de focos de incêndio no Estado. No dia 9 de setembro, o Paraná atingiu a marca de 11.115 casos ao longo de 2024, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Até então, o topo do ranking de incêndios florestais tinha ocorrido em 2019, com 10.835 ocorrências, seguido por 2021 com 10.648 incidentes.

O Sistema FAEP tem buscado sistematicamente alternativas para minimizar a situação crítica do Paraná. Recentemente, o presidente interino da entidade Ágide Eduardo Meneguette, se reuniu com representantes do governo estadual e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Sedest) para buscar soluções.

Entre as medidas já anunciadas pelo governo do Estado está o decreto de situação de emergência (7.258/2024), publicado no Diário Oficial no dia 5 de setembro. A medida atende ao ofício enviado pelo Sistema FAEP, pedindo ações urgentes de apoio ao setor agropecuário paranaense, e permite ações como a autorização para os órgãos estaduais atuarem no combate aos incêndios, reconstrução das áreas atingidas e dispensa do processo de licitação a contratação de bens e serviços.

(Com FAEP)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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