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Sem chuvas para as próximas semanas, crise hídrica deve se agravar 6z1v18

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Semadesc

A crise hídrica que afeta a Bacia do Alto Paraguai (BAP) com reflexos diretos no Pantanal deve se agravar com o prolongamento do regime de chuvas abaixo da média histórica, o que já afeta a navegabilidade dos principais rios da região e tem impacto direto sobre todas as atividades. A avaliação é dos integrantes dos diferentes organismos que compõem a Sala de Crise da Bacia do Alto Paraguai, durante a quinta reunião realizada por meio virtual na tarde da sexta-feira (6).

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, participou da reunião representando o Governo de Mato Grosso do Sul. “O que está claro de acordo com os dados apresentados é que a situação sinaliza para aumento do nível crítico. Só teremos chuvas a partir de outubro, ainda assim abaixo do esperado. Isso já traz consequências graves para atividades econômicas importantes como a Agropecuária, o transporte hidroviário sobretudo de minérios que está praticamente suspenso e com restrições para outros setores”, frisou.

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Durante a reunião, representantes do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais), do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do Serviço Geológico do Brasil e do Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentaram dados do quantitativo de chuvas, níveis dos rios e previsões para as próximas semanas. Todos mostram cenários preocupantes de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas.

Esse quadro levou a ANA (Agência Nacional das Águas) a criar a Sala de Crise que realiza reuniões mensais para atualizar a situação hídrica da região. Em maio, a ANA decidiu declarar “escassez hídrica” em toda Bacia do Alto Paraguai e indicou medidas para serem adotadas pelos agentes públicos e privados a fim de enfrentar o problema.

Verruck chama a atenção para os baixos níveis do rio Paraguai que vêm caindo rapidamente nos últimos dias. Em julho a régua de Ladário marcava 74 centímetros; em agosto caiu para 17 centímetros e nessa sexta-feira (6) já estava em 11 centímetros. O mesmo ocorre com a régua instalada em Porto Murtinho: caiu de 169 centímetros para 128 centímetros em um mês. O mais impressionante ocorre quando o rio a por Assunção. Nessa sexta-feira (6) foi quebrado o recorde histórico para aquele ponto em 121 anos de medição: – 77 centímetros.

Para amenizar a situação, a barragem da Usina Hidrelétrica de Manso, localizada em Mato Grosso, tem liberado mais água do que represa. Isso ajuda a manter o nível dos rios, mas é uma medida de curto prazo.

Por outro lado, a seca severa e a diminuição no nível da água permitem que se executem obras de manutenção em alguns pontos do calado do rio, muito necessárias para garantir a navegabilidade. “O Governo do Estado e o Dnit aguardam autorização do Ibama para executar essas obras em seis pontos abaixo do tramo sul”, pontuou Verruck.

Também participaram da reunião, pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o coordenador de Mineração da Semadesc, Eduardo Pereira e o gerente de Recursos Hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Sampaio.

 

(Com Semadesc)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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