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Área plantada de florestas em MS é a que mais cresce no país e chega a 1,5 milhão de hectares 1h6u2t

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fotos: Mairinco de Pauda/Semadesc

Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 15% em sua área de florestas plantadas em relação ao ano de 2023, maior crescimento do Brasil. Com seis plantas de celulose confirmadas em investimentos de R$ 75 bilhões, o Estado tem atualmente a segunda maior área de florestas plantadas do País, com 1,5 milhão de hectares, sendo 98% dessa área destinada ao cultivo de eucalipto, utilizado principalmente pela indústria de papel e celulose, que tem forte presença no Estado.

As informações são provenientes do Projeto SIGA/MS, que monitora e acompanha o crescimento do setor em Mato Grosso do Sul. Os dados foram apresentados pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação) em palestra realizada no 56° Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel da ABT que acontece em São Paulo.

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“Tivemos um aumento de praticamente 275 mil hectares de florestas plantadas no último ano. Quem está na ponta entende o que isso representa para o setor. A movimentação econômica muda, toda a estrutura para comportar uma área deste tamanho se altera”, informou o secretário no evento.

Cinco dos dez maiores municípios brasileiros em termos de área de florestas plantadas estão localizados em Mato Grosso do Sul, conforme o ranking nacional, Ribas do Rio Pardo ocupa a primeira posição no Brasil, com 420,5 hectares de florestas plantadas; Três Lagoas está na segunda posição, com 311,9 hectares; Água Clara na terceira posição, com 163,1 hectares; Brasilândia: ocupa a quarta posição, com 150 mil hectares e Selvíria na sexta posição do ranking, com 106,5 hectares.

“Esses municípios são os principais polos de produção de eucalipto no estado, atraindo investimentos nacionais e internacionais para a instalação de grandes indústrias de celulose e papel, como a Suzano, Eldorado Brasil, Bracell e Arauco”, ressaltou o titular da Semadesc.

Grandes players

Entre os investimentos mais recentes captados, o secretário Jaime Verruck cita a vinda da Bracell. A empresa que já possui viveiros em Água Clara, gerando 2 mil empregos, vai instalar uma planta de 2,8 milhões de toneladas e investimentos de R$ 25 bilhões. Marcando a sexta planta de celulose no Estado, o município a perspectiva é de gerar 10 mil empregos nas obras e 3 mil na operação.

A empresa recebeu durante o congresso da ABT o termo de referência para realizar o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório Impacto do Meio Ambiente) para se instalar em uma área localizada a 15 quilômetros do perímetro urbano de Água Clara. A expectativa é de que o estudo seja entregue em janeiro de 2025.

A Arauco também revisou o projeto e anunciou que a indústria de Inocência que já está iniciando a obra de terraplenagem vai produzir 3,5 bilhões. “Fizemos uma reunião aqui no estande com a Valmet,  que foi a empresa contratada pela Arauco para fornecer toda a solução tecnológica para a fábrica de 3,5 milhões de toneladas. Este que é o maior projeto de celulose que começa a ser construído no mundo”, acrescentou.

Desafios

Diante da expansão do setor o Governo de Mato Grosso do Sul investe pesado na gestão e planejamento da cadeia. “Para o futuro, o Governo vai precisar melhorar a logística. Então a gente tem um trabalho muito forte neste quesito. Em parceria com as empresas, nós concessionamos rodovias.  A chamada Rota Celulose. E temos o desafio que é a questão ferroviária. Todos os nossos clientes e empresas eles estão indo pra Santos, onde eles têm seus terminais privados. Por isso temos que criar um canal adequado para levar esse produto a Santos”, pontuou.

A questão da qualificação também foi abordada. Atualmente, o setor florestal detém 15 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Para isso o Governo tem trabalhando junto com o sistema S como o Senai e o Senac a qualificação. Além disso a Semadesc tem uma secretaria-executiva de Qualificação Profissional e cursos que são oferecidos pela Funtrab e parceiros.

“Temos projetos gigantescos e vivemos uma escala de crescimento que depois ela acaba estabilizando. Temos a segunda maior área do eucalipto do País, o que foi confirmado isso pelo relatório do próprio Ibá. Esse setor tem uma participação do PIB de 17,8 %. Ou seja, ele é relevante para o Estado. Então, a gente apoia integralmente, porque até agora ele só proporcionou desenvolvimento, qualidade de vida e inclusão para o Mato Grosso do Sul”, concluiu.

(Por Rosana Teixeira, Comunicação Semadesc)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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