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Queijos coloniais buscam reconhecimento estadual e a Indicação Geográfica 3v5lb

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Aproleq

Produtores de queijos coloniais da região de Cantuquiriguaçu, no centro-oeste do Paraná, estão unidos em um esforço conjunto para valorizar e expandir a comercialização de seus produtos. Em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e o Sebrae/PR, a Associação de Produtores de Queijos e Derivados de Leite da Região Centro do Paraná (Aproleq) trabalha para que os queijos artesanais produzidos localmente conquistem o selo Susaf, que permitirá sua venda em todo o Estado. Além disso, os produtores miram a formalização da associação para pleitear uma Indicação Geográfica (IG), reconhecimento que destaca a origem e a tradição do produto, agregando valor ao queijo colonial da Cantuquiriguaçu.

Leila Aparecida Brandalize, presidente da Aproleq, explica que a iniciativa surgiu após várias reuniões envolvendo a associação e o Sebrae/PR: “Essa ideia surgiu depois de algumas reuniões que foram feitas com o pessoal da Associação e até mesmo via Sebrae para valorizar o nosso produto. Enquanto você tem o queijo de forma individual, faz a mídia da tua queijaria, vive uma realidade de mercado; mas quando você está nas prateleiras e redes sociais com mais órgãos que possam divulgar esses produtos e a qualidade deles, valoriza o que os produtores estão fazendo e até nos incentiva a buscar ainda mais espaço no mercado”, disse.

 

A expectativa dos produtores com a conquista do selo Susaf para todos os produtores é grande, pois, atualmente, apenas alguns associados têm essa chancela para vender em todo o Estado. Foto: Aproleq

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Para Angelita Surkamp, proprietária da queijaria em Pinhão, o reconhecimento oficial, aliado à participação em concursos e eventos, é uma oportunidade de contar a história da produção familiar: “A gente espera que o nosso produto seja cada dia mais famoso, com essa indicação e os concursos que participamos, os consumidores vão ter conhecimento sobre que estamos produzindo. Minha mãe fazia queijo, minha sogra fazia também, então hoje já é espontâneo – o turista chega, ouve a nossa história e, se houver a conquista da Indicação Geográfica, isso vai para muito mais longe, podendo atingir pessoas de todo o Brasil”, projetou.

O extensionista do IDR-Paraná, Jaison Gonsalves dos Reis, também destaca o impacto cultural e econômico desse processo: “Especificamente no processo de IG, a gente vê como algo extremamente importante e necessário, visto o momento que se vive hoje na cadeia produtiva ligada à produção de queijo. Isso já é um conhecimento que vem de muito tempo, mas que não estava sendo visível da forma que merece”, completou.

Edson Braga, consultor do Sebrae/PR, reforça a importância do trabalho que vem sendo realizado: “É essencial porque, além de incentivar os produtores locais, também valoriza o produto da região. Nossa atuação iniciou há muito tempo, já auxiliando produtores na formalização dos negócios, obtenção de selos e incentivo à participação em prêmios nacionais e mundiais… Agora, queremos continuar por meio da associação e, quem sabe, conquistar a Indicação Geográfica”, concluiu.

Com o apoio de instituições e a união dos produtores, a região da Cantuquiriguaçu está prestes a consolidar a marca dos seus queijos coloniais no cenário estadual e, futuramente, no nacional.

Paraná
Atualmente, no Paraná, são 14 Indicações Geográficas reconhecidas pelo INPI: cachaça e aguardente de Morretes; melado de Capanema; mel de Ortigueira; cafés especiais do Norte Pioneiro; morango do Norte Pioneiro; vinhos de Bituruna; goiaba de Carlópolis; mel do Oeste do Paraná; barreado do Litoral do Paraná; queijos coloniais de Witmarsum; bala de banana de Antonina; erva-mate São Matheus; camomila de Mandirituba; e uvas finas de Marialva. Além delas, há uma IG concedida para Santa Catarina, que também envolve municípios do Paraná e Rio Grande do Sul, que é o mel de melato da Bracatinga do Planalto Sul do Brasil.

(Da Assessoria)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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