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Um marco na agricultura, plantio direto completa 50 anos 293m61

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

foto: cnabrasil

Marco de uma das maiores revoluções agrícolas, que teve a introdução no território brasileiro a partir do Paraná, o sistema de plantio direto é comemorado nesta quarta-feira, 23 de outubro, que desde o ano ado foi declarado como Dia Nacional do Plantio Direto. A data foi lembrada em evento realizado em Mauá da Serra, na região Norte do Paraná, onde a técnica foi implantada em 1974.

Revolução agrícola: Dia Nacional do Plantio Direto é comemorado em Mauá da Serra
Foto: Evandro Fadel/SEAB

 

O plantio direto foi trazido ao Paraná pelo agricultor Herbert Bartz, em 1972. Depois de observar chuvas fortes varrerem o cultivo que tinha em Rolândia, ele foi à procura de solução. Encontrou durante viagens internacionais a técnica de plantio sobre palhadas. De volta ao Brasil, experimentou e saiu em peregrinação para difundir.

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“O plantio direto é patrimônio do Paraná e o Estado tem compromisso de zelar por isso. Queremos nos manter como o Estado mais sustentável do Brasil e queremos fazer isso garantindo competitividade para o nosso agricultor.” afirmou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.

“Foi aqui no Paraná que nasceu o programa de microbacia, os programas de conservação de solos, o plantio direto. Se hoje somos o supermercado do mundo, isso se deve às inovações implantadas pelos nossos produtores, aos arranjos produtivos realizados”, afirmou o secretário no encontro, que aconteceu no Salão de Eventos Holandesa, em Mauá da Serra.

Segundo o presidente interino da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Eduardo Meneghetti, mais de 90% das lavouras paranaenses utilizam o sistema. “A técnica é fundamental para preservação do solo e dos recursos hídricos, e Mauá da Serra é exemplo da transformação de nossa agricultura”, disse. Para o produtor significa economia de recursos, maior eficiência e eficácia, além da sustentabilidade ambiental e produtiva.

SISTEMA – Cerca de 45 milhões de hectares utilizam o plantio direto atualmente no Brasil, de acordo com a Federação Brasileira do Plantio Direto. “Mas ainda há muita área sendo incorporada, o sistema plantio direto está em construção permanente e temos a responsabilidade de construir o futuro pelos próximos 50 anos”, salientou o presidente da entidade, Jônadan Ma.

No início, o objetivo era apenas eliminar a aração e a gradagem do solo, atividades comuns em cada ciclo de plantio. Por serem superintensivas, propiciavam a degradação do solo e a erosão. A evolução da técnica levou à implantação do Sistema Plantio Direto.

Jônadan Ma, explicou que, além do mínimo revolvimento do solo, o sistema comporta a manutenção de cobertura de palha que, após a decomposição, aumenta a matéria orgânica, reduz a erosão e facilita a infiltração de água no solo. Comporta, também, a rotação e diversificação de culturas, reduzindo impactos ambientais, incidência de doenças e pragas e inibindo aparecimento de ervas daninhas.

A chefe de Inovação e Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Carina Rufino, destacou a importância das comemorações do plantio direto. “Foi uma transformação que criou um modelo único de agricultura no mundo. Estamos sequestrando carbono e preparando o Brasil para nova fase de agregação de valor na agricultura”, disse ela.

MUSEU –  O Sistema Plantio Direto é preservado não apenas nas centenas de propriedades que aplicam as técnicas pelo Brasil e pelo mundo, mas também no Museu do Plantio Direto, em Mauá da Serra. O espaço de 600 metros quadrados abriga dezenas de fotos e equipamentos. A ideia de criar o museu está completando 20 anos, embora ele tenha sido inaugurado em 2012. Entre as raridades está a primeira plantadeira utilizada no Brasil com essa finalidade. É uma Allis Clamers, de 1972, importada dos Estados Unidos.

O museu está aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com entrada gratuita. Fica na Rua Catarina Aires da Silva, s/n.

ESTRADA – O prefeito de Mauá da Serra, Hermes Wicthoff, aproveitou a solenidade para anunciar a do contrato de pavimentação de estrada rural no município. As pedras irregulares vão cobrir 5 quilômetros da Estrada Colônia Novo Oriente. O investimento total é de pouco mais de R$ 3,1 milhões, dos quais R$ 2,6 milhões são do Estado.

(Com AEN)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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