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Custos disparados na produção de açúcar e etanol ameaçam competitividade do setor 722o2j

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Feagro

A presença da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), principal praga da cultura da cana-de-açúcar, tem gerado prejuízos significativos no setor sucroenergético, elevando os custos de produção de açúcar e etanol.

Um estudo conduzido pelo Pecege Consultoria e Projetos, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), divulgado na página da Radar Sucroenergético, revelou que a infestação de 8,5% na planta aumenta o custo de processamento do açúcar branco em 6%, subindo de R$ 218 para R$ 231 por tonelada.

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Na produção de etanol, os impactos são ainda mais graves: o custo salta 18%, de R$ 235 para R$ 285 por tonelada.

A broca-da-cana ataca a planta alimentando-se das folhas e, posteriormente, do colmo, o que compromete a qualidade da matéria-prima e reduz a eficiência fermentativa. Esses fatores impactam diretamente os custos agroindustriais, prejudicando tanto a produção de açúcar quanto de etanol, conforme aponta o levantamento.

Os desafios não se limitam às pragas. O relatório mais recente da safra 2024/25, elaborado pelo Sistema FAESP/SENAR-SP com base em dados da Conab, mostra uma retração de 4,8% na produção nacional de cana-de-açúcar, estimada em 678,7 milhões de toneladas. No estado de São Paulo, responsável por mais de 50% da produção, a queda foi ainda mais acentuada, chegando a 9,2%, com uma colheita de 348,2 milhões de toneladas.

Essa redução está ligada a condições climáticas adversas, como chuvas irregulares, ondas de calor e incêndios, que afetaram a produtividade. Apesar disso, o mercado internacional de açúcar, impulsionado por preços elevados, levou as usinas a priorizarem sua produção em detrimento do etanol.

Enquanto o etanol de cana registrou queda de 2,8% na produção total, o etanol de milho continua a crescer, com aumento de 22,1% em relação ao ciclo anterior, alcançando 7,22 bilhões de litros e representando 20% da produção nacional.

Os resultados reforçam a urgência de estratégias eficazes para combater a broca-da-cana e mitigar os impactos econômicos. Além disso, o estudo destaca a relevância de acompanhar as dinâmicas de mercado e os desafios climáticos para a tomada de decisões no setor.

A busca por maior eficiência e alternativas sustentáveis, como o etanol de milho, é essencial para assegurar a competitividade do setor sucroenergético brasileiro frente às mudanças globais.

(Com Feagro)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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