MERCADO 1n2s2

Café Arábica atinge novo recorde 5kq8

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

O preço do café arábica atingiu um novo recorde, impulsionado por compras especulativas e uma queda esperada na produção brasileira Foto: Forbes

A incessante alta do preço do café arábica continuou nesta terça-feira (04), com o mercado estabelecendo um novo recorde pela nona sessão consecutiva, já que os torrefadores se esforçaram para garantir o fornecimento e os agricultores permaneceram relutantes em vender.

Os contratos futuros do café arábica na bolsa ICE, usados como referência global de preços, atingiram o recorde de US$ 3,8990 (R$ 22,47) por libra-peso no início do pregão e subiam 2%, para US$ 3,887 (R$ 22,41)  por libra-peso, por volta das 13h (horário de Brasília), elevando os ganhos do ano para cerca de 20% até o momento. No ano ado, os ganhos foram de 70%.

FAEP e entidades pedem ações contra importação de tilápia

Decreto dá à Funai poder de polícia

Os negociantes disseram que os investidores especulativos estão se acumulando no mercado de café principalmente no lado da compra, levando os torrefadores a se envolverem em compras de pânico e os agricultores a reterem as vendas na esperança de que os preços possam subir ainda mais.

“A meta natural para esta semana é testar o limite de US$ 4 (R$ 23,06)”, disse um negociante.

O arábica tem sido apoiado por uma queda esperada na produção do Brasil, o maior produtor, nesta temporada, em parte devido à seca do ano ado, embora alguns especialistas digam que a nova safra pode não ser tão ruim quanto se temia inicialmente, graças às amplas chuvas recentes.

O café robusta, uma variedade geralmente mais barata usada principalmente para fazer café instantâneo, subia 2% no mesmo horário, para US$ 5,656 (R$ 32,60) a tonelada métrica, depois de atingir o pico de US$ 5,840 (R$ 33,66) na semana ada, o preço mais alto desde que o contrato começou a ser negociado em 2008.

“Quando os preços do café estão tão altos, os fundamentos começam a ter menos importância. Os especuladores especularão. Muitos se sentiriam atraídos pelo café depois do que aconteceu com o cacau e da alta que muitos deles perderam”, disse o Rabobank.

O Rabobank acrescentou que o mercado também está preocupado com a possibilidade de o presidente dos EUA, Donald Trump, impor tarifas comerciais aos países sul-americanos que são os principais produtores de café.

“A América Latina está no horizonte do presidente. A incerteza em relação às tarifas e às guerras comerciais é uma incerteza para o café”, disse.

(Com Forbes)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

Entre em um dos grupos! 39594s

Mais Lidas 4o1w2x

Notícias Relacionadas 83r4