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Companhia de Desenvolvimento Agrícola aperta o cerco com ações contra o greening 1g6d48

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Cidasc

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) alerta os produtores, em especial, do Extremo-Oeste catarinense, para ações contra o greening, também chamado de huanglongbing (HLB).

A companhia realizará uma ação de educação sanitária, com inspeções em plantas cítricas na área urbana, em um raio de 4 km do foco, no bairro São Luiz, em São Miguel do Oeste, para inspecionar plantas com suspeitas da doença dos citros.

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Fruto com espessamento da casca e assimetria. Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc.
Fruto com espessamento da casca e assimetria- Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc

Segundo o engenheiro-agrônomo do Departamento Regional da Cidasc de São Miguel do Oeste, Fábio Trevizol “com a detecção da praga é necessário eliminar as plantas doentes e adotar medidas técnicas e comportamentais, como eliminar plantas de citros com sintomas de greening, e monitorar o psilídeo com armadilha adesiva, entre outras ações. É importante que os moradores e produtores rurais contribuam com o trabalho de erradicação e informem à Cidasc sobre possíveis focos da praga”, frisa Trevizol.

Fruto deformado. Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc.
Fruto deformado – Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc

O engenheiro-agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev), Alexandre Mees, explica que “o greening já foi registrado em alguns municípios do Estado e representa um sério risco para a citricultura e se não for controlado pode comprometer toda a produção de citrus no estado. Ele é causado por uma bactéria e transmitido pelo psilídeo Diaphorina citri. Para evitar a transmissão o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) exige que nos municípios onde há a ocorrência da praga todos os produtores de citros façam as inspeções frequentes em seu pomar”, comenta Mees.

A doença de huanglongbing (HLB), também conhecida como greening dos citros, pode trazer grandes prejuízos à citricultura, provocando má formação dos frutos e em alguns casos morte precoce das plantas. Provocada pela bactéria Candidatus liberibacter asiaticus, a doença atinge todas as espécies cítricas (laranja, limão, bergamota, entre outras) e tem como vetor o inseto psilídeo-asiático-dos-citros (Diaphorina citri), que dissemina a bactéria entre as plantas.

Folha com mosqueado amarelo no limbo foliar. Opacas, com uma nervura central engrossada. O brilho dela não é igual ao brilho de uma folha sadia, em função das alterações na serosidade da folha. Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc.
Folha com mosqueado amarelo no limbo foliar- Opacas, com uma nervura central engrossada. O brilho dela não é igual ao brilho de uma folha sadia, em função das alterações na serosidade da folha. Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc

A principal fonte de introdução da doença é por meio da introdução de mudas contaminadas de estados com ocorrência da praga, obtidas no comércio clandestino. A aquisição de mudas deve ser realizada em estabelecimentos registrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e no Registro Estadual de Comerciantes de Sementes e Mudas (Recsem/Cidasc).

Por isso, é importante exigir e verificar se o estabelecimento possui o registro junto à Cidasc, lembrando que a documentação deve estar exposta para fácil visualização de quem vai adquirir a muda.

Fruto com espessamento da casca e assimetria. Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc.
Fruto com espessamento da casca e assimetria – Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc

Trevizol alerta que “a doença prejudica o desenvolvimento das plantas e formação dos frutos, mas não afeta a saúde humana. Como não há tratamento para as árvores infectadas é necessário agir rapidamente para conter a dispersão da praga”, reforça. Segundo o profissional, entre os sinais de que os citros estão contaminados pelo greening estão: ramos em que as folhas têm mistura de tons de verde-claro e escuro, sem delimitação definida; folhas com aspecto opaco e nervura central mais grossa; frutos mal formados, sementes abortadas (falhadas) com albedo (parte branca) mais espesso e com sabor alterado.

Fruto com espessamento da casca, assimetria e semente falhada – Foto: Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) da Cidasc

Como medidas contra o greening, a Cidasc recomenda:

  • plantar mudas de qualidade, adquiridas de viveiros e comerciantes regulares e registrados;
  • nunca comprar mudas de vendedores ambulantes;
  • inspecionar o pomar com frequência, sendo o ideal realizar seis inspeções por ano, principalmente de fevereiro a agosto, quando os sintomas da HBL são mais visíveis.

Para os produtores de citros dos municípios com ocorrência do HLB e municípios limítrofes, algumas regras complementares devem ser seguidas:

  • eliminar plantas com sintomas de HLB;
  • apresentar à Cidasc dois relatórios anuais (15/01 e 15/07) referente às inspeções;
  • monitorar o inseto vetor da doença, com uso de armadilhas amarelas feitas com cartões adesivos, colocados no terço superior da copa das árvores;
  • realizar o controle do vetor.

Os município com focos identificados no Estado são:

  • Abelardo Luz;
  • Guaraciaba;
  • Ipuaçu;
  • São José do Cedro;
  • São Lourenço do Oeste;
  • São Miguel do Oeste;
  • Xanxerê.

O Departamento Estadual de Defesa Vegetal (Dedev) e as equipes técnicas da Cidasc nas regionais podem auxiliar o produtor sobre como proceder. A parceria com os produtores é essencial para a manutenção do status sanitário e controle desta e de outras doenças.

Cabe ressaltar que estes casos de greening foram registrados na região do Extremo-Oeste do Estado, distante do principal polo produtor de mudas de citros em Santa Catarina, localizado no Alto Vale do Itajaí. Desde 2013, a produção de mudas cítricas no Estado é realizada exclusivamente em ambiente protegido, impedindo a entrada do inseto vetor nos viveiros.

Serviço – Presença do greening dos citros

Em caso de dúvidas sobre a presença do greening dos citros na sua propriedade, os produtores devem entrar em contato com a Cidasc da sua região ou através do telefone WhatsApp: (48) 3665.7300.

(Por Alessandra Carvalo, Cidasc)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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