FRUTICULTURA 5no12

Safra de laranja 2024/25 cresce 2,4% e vêm com frutos mais graúdos 2enf

Fernanda Toigo

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Foto: Getty Images

O Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) divulgou a terceira estimativa da safra de laranja 2024/25 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. A produção total foi estimada em 228,52 milhões de caixas de 40,8 kg, um aumento de 2,4% em relação à projeção de dezembro. A nova estimativa representa uma redução de 1,7% frente à previsão inicial divulgada em maio de 2024.

A produção foi impulsionada pelo crescimento dos frutos acima do esperado, principalmente da quarta florada, e pela redução da taxa de queda de laranjas. As variedades Valência e Folha Murcha somaram 74,20 milhões de caixas, seguidas pela Pera Rio, com 74,46 milhões de caixas, e Natal, com 26,63 milhões de caixas. O grupo de variedades precoces totalizou 15,60 milhões de caixas, enquanto as variedades Hamlin, Westin e Rubi permaneceram em 37,63 milhões de caixas, sem variação.

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A precipitação acumulada no cinturão citrícola entre maio de 2024 e janeiro de 2025 foi de 839 milímetros, um déficit de 13% em relação à média histórica. As chuvas registradas em outubro, novembro e dezembro superaram as previsões, favorecendo o crescimento dos frutos. Em janeiro, os volumes ficaram abaixo da média, limitando o aumento do tamanho final das laranjas. Regiões como São José do Rio Preto, Matão e Bebedouro tiveram redução de até 35% nas precipitações.

O peso médio das laranjas foi revisado para 158 gramas, dois gramas acima da estimativa anterior. Com isso, o número médio de frutos necessários para compor uma caixa de 40,8 kg ou de 261 para 258. Entre as variedades, Hamlin, Westin e Rubi mantiveram 283 frutos por caixa. O grupo de variedades precoces foi ajustado para 257 frutos por caixa, enquanto Pera Rio ou para 252 frutos, e Valência e Folha Murcha para 252 frutos por caixa.

A taxa de queda de frutos foi reduzida para 18%, ante os 19% estimados em dezembro. Os fatores que influenciaram esse índice foram a antecipação da colheita dos frutos das primeiras floradas e a menor quantidade de frutos nas árvores em comparação com safras anteriores. O índice permaneceu impactado por greening, bicho-furão, moscas-das-frutas e operações mecanizadas.

Até meados de janeiro, 89% da safra havia sido colhida. As variedades Hamlin, Westin e Rubi atingiram 99% de colheita, enquanto outras variedades precoces chegaram a 97%. A colheita da Pera Rio foi estimada em 85%, Valência e Folha Murcha, em 84%, e Natal, em 90%.

A reestimativa utilizou monitoramento de 1.200 talhões e dados das processadoras de suco Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus. O acompanhamento considerou a evolução dos frutos e a influência das condições climáticas sobre a produção.

(Com Forbes)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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