O que parecia um caso isolado de presença de escorpiões se transformou em um verdadeiro surto em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Desde dezembro de 2024, quase mil escorpiões amarelos (Tityus serrulatus) foram capturados em uma única rua da cidade, gerando preocupação e medo entre os moradores.

O alto número de escorpiões em uma área tão restrita levanta questões sobre as condições ambientais que favorecem a proliferação do animal. Especialistas explicam que essa espécie tem reprodução assexuada, ou seja, um único escorpião pode gerar diversos filhotes sem necessidade de acasalamento, o que facilita seu aumento descontrolado. Além disso, a presença de entulhos e frestas nas residências cria esconderijos ideais para a espécie.

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A situação se tornou ainda mais preocupante porque, mesmo com a chegada do frio, os escorpiões continuam sendo encontrados dentro das casas, algo incomum para esta época do ano. A presença constante do animal está obrigando os moradores a redobrarem os cuidados, inspecionando roupas e calçados antes de usá-los, vedando ralos e eliminando possíveis pontos de abrigo.

Para conter a proliferação, a Prefeitura de Esteio intensificou as buscas e capturas, enviando equipes da Vigilância em Saúde para monitorar a área e orientar a população sobre medidas preventivas. Apesar dos esforços, o número elevado de escorpiões preocupa especialistas e reforça a necessidade de ações contínuas e eficazes.

Em caso de picada, a recomendação é procurar imediatamente o Hospital São Camilo, que dispõe do soro antiescorpiônico, capaz de neutralizar os efeitos do veneno. O escorpião amarelo é considerado o mais venenoso da América do Sul e pode causar dores intensas, vômitos e até paradas cardiorrespiratórias, principalmente em crianças e idosos.

Com quase mil escorpiões encontrados em uma única rua, o surto chama atenção para os desafios do controle de pragas urbanas e a necessidade de reforço nas medidas de prevenção. Moradores seguem em alerta e aguardam soluções definitivas para evitar que o problema se agrave ainda mais.

 

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Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.