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Com preço valorizado, produtores enfrentam onda de furtos de café 3c4s5t

A crescente onda de furtos de café no pé tem preocupado produtores rurais na região de Ribeirão Preto e Guaxupé, duas das principais áreas produtoras de café do Brasil.
Na noite de quinta-feira (24), uma fazenda localizada às margens da estrada vicinal Antônio Giolo, em Pedregulho, foi alvo de uma tentativa de furto que foi frustrada graças à reação dos cães de guarda e à ação rápida de funcionários da propriedade.
Os criminosos conseguiram fugir ao perceberem a presença de pessoas, deixando para trás pés de café cortados e sinais de invasão.
A Guarda Civil Municipal, apoiada pela Polícia Militar, realizou buscas na região, abordando cerca de 20 pessoas, incluindo motociclistas, mas ninguém foi preso por envolvimento direto com o furto.
As autoridades continuam investigando os casos e reforçando a fiscalização para coibir essa onda de crimes contra o café, que é uma das principais fontes de renda para os agricultores locais.
Este episódio ocorre em um momento em que a colheita do café está prestes a começar na região, e os pés estão carregados de frutos.
Especialistas alertam para o aumento da vulnerabilidade das propriedades rurais nesta época do ano, quando a colheita se aproxima e o valor do café no mercado está elevado. Produtores são orientados a reforçar a segurança, instalar câmeras e manter uma vigilância constante para evitar prejuízos financeiros significativos.
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, a saca de café atingiu o valor de R$ 2,5 mil na quinta-feira (24), refletindo a alta demanda e a valorização do grão no mercado.
Além do caso em Pedregulho, produtores de Guaxupé também registraram pelo menos três ocorrências de furtos de café no pé desde o domingo (20). Os furtos geralmente acontecem em áreas próximas às estradas, onde os criminosos aproveitam a facilidade de o para realizar as ações ilegais.
Em uma das ocorrências, uma dona de sítio relatou que 15 pés de café foram furtados, enquanto em outra propriedade, a cerca de 1 km de distância, aproximadamente 100 pés foram colhidos pelos ladrões.
O caso mais alarmante envolve o furto de cerca de 20 alqueires de café cereja, o que equivale a aproximadamente 1,2 mil litros do produto, segundo o proprietário.