ESPECIAIS 3t553
Puma morto por carro funerário e seus carrapatos serão estudados pela ciência 2t3b3j
Já faz parte da Coleção Zoológica da FURB o corpo do puma (também conhecido como onça-parda ou leão-baio) atropelado no último dia 23 de março em uma rodovia de Massaranduba, no Norte de Santa Catarina. O animal silvestre, recolhido por autoridades como a Polícia Militar Ambiental e Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), será utilizado para estudos acadêmicos de suas mais diversas características.
Conforme o Sérgio Luiz Althoff, professor que atua como curador da coleção zoológica da FURB, o puma atropelado trata-se de um macho jovem e boa parte dos seus restos mortais terão aproveitamento para fins científicos. Entretanto, o profissional destaca que, como o corpo acabou ando por algumas horas de exposição ao sol e a altas temperaturas, houve o início de um processo de inchaço e putrefação interna.
De acordo com o docente, o material genético, conteúdo digestório, órgãos, ossos e até mesmo carrapatos encontrados na pele do puma que morreu atropelado já foram coletados para estudos científicos na FURB. Tais procedimentos buscarão entender a cadeia alimentar, hábitos e costumes de vida do animal.
“Este animal (o puma) tem procedência, então a gente sabe que se trata de um animal silvestre. Na Exposição Fritz Müller, por exemplo, praticamente 90% do material que está lá veio de um grande parceiro nosso que é o Zoológico de Pomerode. (…) Então, ele não tem um toda uma questão de crescimento na natureza, com os animais, com as suas presas naturais, então é uma outra realidade na questão de crescimento” afirma o professor Sérgio Luiz Althoff.
O pesquisador reitera que, ao se deparar com animais de grande porte mortos às margens de vias públicas ou na natureza, a exemplo do puma, não é recomendado que qualquer pedestre mexa em animais nesta condição, sendo necessário o acionamento de órgãos como a Polícia Militar Ambiental e o IMA-SC. Também não é recomendável a condução destes animais por conta própria até a Universidade. A manipulação de um animal morto por pessoas sem conhecimento técnico pode contribuir para a proliferação de doenças e até mesmo invalidação de uso dos restos mortais do animal para fins científicos.
(Da Assessoria Furb)