AGRICULTURA 202h3b

Safra de cana recua no Centro-Sul 462v6m

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Feagro

Mesmo enfrentando uma queda acentuada na produtividade agrícola e na moagem de cana-de-açúcar, o setor sucroenergético do Centro-Sul do Brasil atingiu um marco histórico na safra 2024/2025: a maior produção de etanol já registrada, totalizando 34,9 bilhões de litros.

Esse resultado foi impulsionado por decisões estratégicas, como a maior destinação da cana para a produção de biocombustíveis e o crescimento significativo do etanol de milho, que alcançou o volume recorde de 8,19 bilhões de litros, representando quase um quarto de toda a produção de etanol na região.

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A safra foi marcada por adversidades climáticas e operacionais, como a seca prolongada e os incêndios que afetaram as lavouras, especialmente em São Paulo, principal estado produtor da região, onde a produtividade agrícola caiu 14,3%. Além disso, o rendimento médio das lavouras recuou 10,7%, chegando a 77,8 toneladas por hectare.

Apesar desses desafios, as usinas demonstraram capacidade de adaptação ao ajustar o mix de produção e direcionar 51,95% da matéria-prima para a fabricação de etanol. Esse foco resultou em um crescimento de 10,2% na produção de etanol hidratado, que atingiu 22,5 bilhões de litros, enquanto o etanol anidro teve redução de 5,6%, totalizando 12,3 bilhões de litros.

Outro fator positivo foi a qualidade da cana colhida, com o índice de ATR, que mede o açúcar recuperável por tonelada, registrando alta de 1,33% e atingindo 141,07 kg por tonelada. Isso demonstra que, mesmo diante das adversidades, as usinas conseguiram otimizar o rendimento da matéria-prima processada.

O avanço do etanol de milho foi um destaque da safra, com aumento de mais de 30% em relação ao ciclo anterior, consolidando sua importância na matriz de biocombustíveis brasileira. A produção crescente desse biocombustível reflete a expansão da cadeia do milho no Brasil central, evidenciando o potencial desse cereal como alternativa estratégica para o setor.

A capacidade de adaptação e inovação das usinas foi crucial para que o setor sucroenergético superasse as dificuldades e reforçasse sua posição como um pilar estratégico da agroenergia no Brasil. Apesar da redução na produção de açúcar, que totalizou 40,1 milhões de toneladas, o desempenho do etanol reafirma a relevância do setor para atender às demandas energéticas e ambientais do país.

(Com Feagro)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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