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Fazenda se especializa na produção de leite A2 6q1x63

Para muitas pessoas, tomar leite e seus derivados, como queijo e requeijão, pode causar desconforto intestinal, como inchaço, gases e outros sintomas desagradáveis. Essa realidade afeta mais da metade da população brasileira, devido a uma questão genética relacionada à proteína do leite.
Estudos realizados pelo laboratório Genera, com uma amostra de 200 mil pessoas, revelam que a maioria da população possui uma tendência a intolerância à proteína beta-caseína A1, presente no leite comum. Essa proteína, quando consumida, pode provocar esses sintomas indesejados em quem tem sensibilidade.
E aí o mercado se desperta para um grande nicho. A Fazenda São José, em Tapiratiba (SP) está investindo na estratégia. O objetivo é transformar 100% do rebanho em A2A2. Como? Através da genética.
Há quase cinco anos as inseminações realizadas nos animais da propriedade são feitas para a produção de leite A2A2. “Hoje, 55% do rebanho é de leite A2A2. Vários estudos demonstram comprovadamente a diferença na digestibilidade e aos poucos vamos chegar na produção de 100% A2″, diz Sérgio Ferraz Ribeiro Filho, responsável pela fazenda que figura entre as maiores produtoras de leite do País, com a marca de 100 mil litros de leite/dia.
Assim como a São José, outras fazendas e marcas estão investindo na produção e comercialização desse tipo de leite, atendendo à demanda de consumidores que buscam uma alternativa potencialmente mais fácil de digerir. Essa produção vem crescendo à medida que mais pessoas se interessam pelos benefícios do leite A2 e pela busca por opções mais saudáveis e específicas. Então, se você estiver interessado, é possível encontrar leite A2 em supermercados e lojas especializadas em várias regiões do Brasil!
O QUE É O LEITE A2?
Esse tipo de leite é produzido por vacas que possuem apenas a proteína beta-caseína A2, diferente da A1. Essa diferença na composição proteica faz com que o leite A2 seja mais bem tolerado por quem sofre com os desconfortos causados pelo leite tradicional, pois ele não contém a proteína que costuma provocar esses efeitos.
No Brasil, a maioria das vacas criadas para produção de leite possui uma combinação genética entre as proteínas A1 e A2, o que faz com que grande parte do leite disponível nos supermercados seja de origem A1 ou uma mistura de ambas. Por isso, o leite A2 ainda não é tão comum, mas vem ganhando espaço entre consumidores que buscam uma alternativa mais confortável.
Além de ser mais fácil de digerir para quem tem sensibilidade, o leite A2 oferece os mesmos nutrientes do leite convencional, como cálcio, proteínas e vitaminas, essenciais para a saúde óssea e muscular. Assim, quem precisa ou deseja evitar os desconfortos pode continuar aproveitando os benefícios do leite, agora com uma opção mais adequada às suas necessidades.