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Em uma ação preventiva e de segurança, o governo do Paraná anunciou a destruição de aproximadamente 10 milhões de ovos de incubação, totalizando cerca de 600 toneladas, como medida de contenção contra a gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP). Os ovos, fornecidos pela granja onde foi identificado o primeiro foco da doença em Montenegro, Rio Grande do Sul, já tiveram parte destruída na última sexta-feira (16), e a inutilização dos demais começou neste domingo (18), sob supervisão das autoridades locais. A previsão é que a atividade seja concluída entre segunda-feira (19) e terça-feira (20).

Segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná, todas as etapas de rastreamento dos ovos fornecidos pela granja foram realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os ovos destinam-se a incubatórios localizados em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. As ações fazem parte do plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle, que inclui medidas de saneamento e controle sanitário.

Além do Paraná, o governo de Minas Gerais também adotou medidas preventivas, determinando o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e materiais relacionados na última quarta-feira (17). Essas ações visam evitar a propagação do vírus e proteger a avicultura nacional.

O Ministério da Agricultura reforça que não há comprovação de contaminação nesses ovos descartados, e que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir a segurança do setor avícola brasileiro. A destruição dos ovos é uma das ações previstas para conter a disseminação do vírus, que foi detectado inicialmente em um matrizeiro de aves comerciais em Montenegro, RS.

Sobre a doença, a pasta destaca que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, e que o Brasil mantém vigilância constante para evitar a entrada e disseminação do vírus. Desde o primeiro caso confirmado no país, países como China, União Europeia e Argentina suspenderam temporariamente as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por 60 dias, afetando o comércio internacional.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a IAAP tem sido registrada em várias regiões do mundo desde 2006, especialmente na Ásia, África e Norte da Europa, reforçando a importância de ações preventivas e de controle sanitário para proteger a avicultura global e nacional.

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A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), rastreou ovos de incubação oriundos do Rio Grande do Sul e identificou 12 mil unidades em um incubatório do Paraná. Como medida preventiva prevista no Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária, a Adapar orientou pela eliminação desses ovos e todos que estavam no local, somando 10.163.130 de unidades.

Não há evidências de que esses ovos estivessem contaminados com o vírus da Influenza Aviária. No entanto, a medida segue um protocolo sanitário para eliminar qualquer possibilidade de disseminação da doença e reforçar o compromisso da Adapar com a sanidade agropecuária. Esse trabalho começou na sexta-feira e será concluído nesta segunda-feira. Minas Gerais e o Rio Grande do Sul também tomaram medidas similares.

O Paraná não tem registro da doença ou de suspeita da gripe aviária. O Estado, que é o maior produtor e exportador de carne de frango, aplica protocolos rígidos sobre a produção para manter a qualidade do produto. O Paraná tem um sistema de rastreamento e controle com 131 escritórios locais, 33 postos nas divisas, além das parcerias com as Prefeituras Municipais e sindicatos rurais nos 399 municípios.

A Adapar já emitiu nota técnica reforçando as recomendações aos produtores, que envolvem a verificação das telas para evitar a entrada de outros animais nas granjas, restrição de entrada e desinfecção dos solados de sapatos, roupas e veículos, e caminhos de notificação, entre outros.

A nota técnica da Adapar também reforça que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, sendo segura a ingestão desses alimentos provenientes de estabelecimentos inspecionados. A Adapar permanece vigilante e atuando de forma rigorosa para garantir a biosseguridade e a saúde dos rebanhos e da população paranaense.

 

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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