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Paraná responde por 42% da exportação de frango 6h2b6s

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Divulgação/IDR-PARANÁ

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento reuniu técnicos e lideranças do setor agropecuário na manhã deste sábado (17) para discutir a defesa da avicultura do Paraná, estado que lidera a produção e exportação de frango, diante da ameaça da gripe aviária, que atingiu uma granja no Rio Grande do Sul. A reunião foi convocada pelo secretário Marcio Nunes e contou com participação online do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Alguns mercados, entre eles o da China, que é um importante comprador da carne de frango, decretaram suspensão de 60 dias em importações do Brasil. No entanto o ministro acredita que nas conversas diplomáticas e comerciais esse tempo pode ser reduzido e se restringir à área próxima ao foco. Segundo ele, já foi realizado o isolamento da região de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e está sendo procedida a rastreabilidade dos pintainhos que de lá saíram.

“Temos espaço para negociar, o foco é de aproximadamente 28 dias e se conseguirmos eliminar o foco e rastrear os animais, acreditamos que com transparência e eficiência, o fluxo possa ser normalizado antes dos 60 dias”, disse Fávaro.

A transparência total na comunicação e o cuidado que cada um dos proprietários de granja do Estado precisa ter para evitar a entrada do vírus foram os principais tópicos da conversa. “A transparência, a eficiência e fazer o que ditam os protocolos são ações importantes para superarmos rapidamente essa questão para retomar a normalidade de vendas”, afirmou o ministro.

O Paraná é um dos estados mais interessados na normalização do comércio, visto ser responsável por quase 35% da produção e cerca de 42% da exportação de carne de frango. “Neste momento é importante que todos assumam suas responsabilidades para sermos bastante efetivos”, afirmou o secretário Marcio Nunes.

Ele salientou a necessidade de os proprietários das cerca de 20 mil granjas do Estado continuarem e reforçarem as medidas de segurança nas propriedades. Entre elas a verificação das telas mantendo o local das aves fisicamente perfeito para que não haja nenhuma fresta que possibilite a entrada de qualquer outro animal.

Também é importante restringir a entrada apenas às pessoas absolutamente necessárias e tomando todas as medidas de desinfecção dos solados de sapatos, das roupas e dos veículos.

Igualmente é necessário para garantir a sanidade das aves do Estado o comunicado à Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapar) de qualquer alteração nos hábitos dos animais, como mortalidade fora do padrão ou sintomas de gripe aviária. Quanto mais rápida a notificação for feita, melhor será o atendimento e a proteção das aves.

Os sintomas podem ser os mesmos de uma gripe comum: dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, diarreia ou a alta mortalidade. “O Estado não tem nenhum caso suspeito ou em investigação, mas precisamos estar sempre alertas”, disse o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.

A Adapar tem trabalhado de forma ativa na vigilância sanitária para evitar a entrada do vírus no Estado. Atualmente são feitas análises por amostragem em mais de 300 propriedades. Além disso, se há qualquer informe de suspeita, o atendimento é feito em menos de 12 horas. Os técnicos também atuam na vigilância de aves migratórias no litoral do Estado e na disseminação de informações sobre os cuidados que os proprietários precisam ter.

O presidente da Adapar acentuou novamente que os apreciadores de frango podem continuar a consumir normalmente a carne. Eventual transmissão somente acontece com contato próximo e continuado com aves vivas infectadas, como em uma gripe normal, e não ao ingerir o alimento.

A reunião deste sábado também teve a presença do secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, e de representantes do Ministério da Agricultura, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Sistema Ocepar, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), e de empresas produtoras de frango.

(Por AEN)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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