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Roubos de café preocupam cafeicultores 286y2y

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Faep

Devido aos recentes casos de roubo de café em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto, o Sistema FAEP encaminhou um ofício ao Comando Geral da Polícia Militar do Paraná solicitando reforço no policiamento das principais regiões produtoras do Estado. A preocupação dos cafeicultores paranaenses vai além dos prejuízos econômicos, envolvendo também a segurança física de produtores e trabalhadores rurais.

No documento, o Sistema FAEP solicita a adoção de medidas preventivas nos meses de junho, julho e agosto, período de maior atividade na colheita de café no Paraná. O pedido prevê ações no âmbito do Programa Patrulha Rural Comunitária 4.0 para para evitar roubos de cargas de café ensacado e de café maduro nas lavouras, com foco nos principais municípios produtores do Estado (confira a lista abaixo).

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Para o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, o momento exige atenção redobrada.

“Não podemos esperar que os crimes se espalhem para agir. O produtor rural precisa se sentir protegido, principalmente em um período como o da colheita, quando há maior circulação de pessoas e mercadorias nas propriedades”, Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.

Segundo o chefe da Coordenadoria de Patrulha Rural Comunitária da Polícia Militar do Paraná (PMPR), Major Íncare Correa de Jesus, a principal estratégia para garantir a segurança no campo é a prevenção. “Não termos casos no Paraná é resultado do engajamento da comunidade rural. Hoje, os produtores têm consciência da importância de agir preventivamente, antes que os crimes cheguem ao nosso Estado”, destaca.

O major ressalta que as reuniões realizadas com os sindicatos rurais têm surtido resultados, ampliando o alcance das informações de segurança. Como reflexo desse trabalho, o número de propriedades cadastradas na Patrulha Rural Comunitária quase dobrou: ou de 12 mil no ano ado para 23 mil neste ano.

Visando os próximos meses, o major Íncare orienta que, diante de qualquer movimentação suspeita – como pessoas estranhas rondando as propriedades, visitas não combinadas ou propostas de compra fora do padrão –, o produtor rural deve entrar em contato imediatamente com a equipe da Patrulha Rural e rear todas as informações possíveis.

Caso ocorra uma tentativa de invasão – como arrombamento de galpões, rompimentos de cercas ou qualquer outro sinal de violação –, também é fundamental acionar a equipe o quanto antes. “Após o registro do Boletim de Ocorrência, a Patrulha Rural vai até o local para avaliar as circunstâncias do crime, identificar possíveis falhas e orientar o produtor sobre medidas preventivas”, explica.

Alta no preço do café

Em fevereiro deste ano, a saca de 60 quilos de café arábica chegou a R$ 2.769 – o maior valor já registrado, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq). Atualmente, o grão segue valorizado, cotado em torno de R$ 2,5 mil. A valorização do produto tem despertado o interesse de criminosos, que voltaram a praticar um tipo de delito que parecia extinto: o roubo diretamente dos pés de café. De acordo com relatos vindos dos Estados da região Sudeste, os criminosos selecionam galhos carregados, cortam na base e levam embora.

Sistema FAEP orienta produtores sobre segurança no campo

O governo do Estado, com apoio do Sistema FAEP, lançou uma cartilha sobre segurança no meio rural, que está disponível em formato digital. Com 20 páginas, o material funciona como um guia prático para ajudar agricultores e pecuaristas a reduzirem os riscos de furtos, roubos e invasões.

A cartilha reúne orientações que vão desde mudanças de comportamento até adequações estruturais nas propriedades, como reforço em edificações, cercas, portões e sistemas de iluminação. O objetivo é auxiliar os produtores a identificar vulnerabilidades e adotar ações que dificultem a atuação de criminosos.

Além disso, o Sistema FAEP orienta que os produtores se cadastrem no Programa Patrulha Rural Comunitária 4.0, uma iniciativa em parceria com a Polícia Militar do Paraná. Com o cadastro, a propriedade a a integrar a rota de monitoramento da PMPR, o que facilita o atendimento em emergências e amplia a presença policial nas áreas rurais.

“A participação do produtor é fundamental para fortalecer a rede de proteção no campo. Com o cadastro, a comunicação com a Patrulha Rural ganha agilidade e as ações de prevenção se tornam ainda mais efetivas”, reforça o chefe da Coordenadoria de Patrulha Rural Comunitária da PMPR, Major Íncare Correa de Jesus.

E AQUI A CARTILHA SOBRE SEGURANÇA RURAL

(Com FAEP)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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