FRUTICULTURA 5no12

Secretaria de Agricultura intensifica combate ao greening q5p5c

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Imagem: Agricultura/SP

Dando sequência aos trabalhos de combate ao Greening, doença que ameaça a citricultura em todo o mundo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) publicou nesta segunda-feira (19), duas resoluções que intensificam as ações de combate à doença. A Resolução nº 23/2025 proíbe o plantio e a manutenção de plantas hospedeiras da bactéria em todos os imóveis mantidos ou gerenciados pela Secretaria e a Resolução nº 24/2025 a qual proíbe a produção e plantio de mudas de murta, bem como o comércio, o transporte e a utilização da murta no paisagismo urbano em áreas públicas e privadas em todo o território paulista, exceto para plantas destinadas à pesquisa científica e devidamente cadastradas na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).

“Estas novas resoluções são um o crucial na nossa luta contra o Greening. Proibindo o plantio de plantas hospedeiras e regulamentando a murta, estamos protegendo nossa citricultura e garantindo o futuro da produção de citros em São Paulo”, completa o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

Sistema FAEP projeta fortalecimento das Cadecs

De acordo com a Resolução 23, o cultivo das espécies Citrus sppFortunella sppPoncirus app e a Murraya paniculata continua permitido somente para fins de pesquisa científica, desde que os pesquisadores adotem medidas seguras para o controle da doença e do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, e garantam a segurança fitossanitária das culturas de citros. A resolução também não se aplica ao cultivo comercial destas espécies, desde que os viveiros estejam devidamente cadastrados na Defesa Agropecuária. Porém, a produção comercial da murta em imóveis da Secretaria está proibida.

Já a Resolução nº 24 proíbe a produção e plantio de mudas e de hastes da murta, bem como o comércio, o transporte e a utilização da murta no paisagismo urbano em áreas públicas e privadas em todo o território paulista, exceto para plantas destinadas à pesquisa científica e devidamente cadastradas na CDA. Caso haja necessidade de transporte interestadual da murta, esta deve circular em veículo fechado, com documento fiscal e Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). A exposição de murta em eventos como feiras e exposições também deve ter autorização prévia da Defesa Agropecuária. O não cumprimento da norma legal acarretará em penalidades previstas no Decreto Estadual 45.211 de setembro de 2000.

“Como se diz, o exemplo vem de casa e a Secretaria de agricultura irá dar o exemplo no combate ao Greening a partir da eliminação de todas as plantas hospedeiras de suas áreas particulares. O Estado irá apoiar a erradicação das murtas em áreas públicas e privadas, substituindo as plantas por espécies nativas com o apoio do setor produtivo, reforçando o esforço conjunto para manter a sanidade da citricultura paulista”, comenta Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV) da Defesa Agropecuária.

São Paulo no combate ao Greening

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) atua com ações sanitárias, fiscalização e orientação técnica em todo o estado, além de seguir na linha de frente no combate à doenças como o Greening/HLB e o Cancro Cítrico. A legislação em vigor estabelece medidas rigorosas de defesa sanitária vegetal, como a proibição do comércio ambulante de mudas cítricas, prática que representa risco significativo à sanidade dos pomares comerciais. Em 2024, foram 1743 fiscalizações de HLB , totalizando 4.502.358 mudas retiradas. Além disso, foram realizadas 37 palestras educativas para público externo.

Além disso, a Coordenadoria mantém um canal direto para denúncias sobre pomares abandonados ou mal manejados. Em abril foram atendidos 57 chamados. A presença desses pomares, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri) — vetor do Greening — ou sem a devida erradicação de plantas contaminadas, representa uma ameaça à citricultura paulista, ao funcionar como fonte permanente de disseminação da doença.

Pesquisa e inovação para citricultura

Para ampliar a base de conhecimento e promover inovação no setor, foi criado o Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade da Citricultura (A), resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o Fundecitrus, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).Com investimento previsto de R$ 90 milhões nos próximos cinco anos, o A tem como missão promover a formação de novos grupos de pesquisa e consolidar iniciativas existentes, com foco prioritário no enfrentamento ao greening.

(Com Agricultura/SP)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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