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Terra mais cara do Paraná: R$ 185,4 mil por hectare 2up3u

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

FOTO: Roberto Dziura Jr/AEN

Maringá, no norte do Paraná, conquistou o título de cidade com a terra agrícola mais valorizada do estado, de acordo com um levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB). O estudo aponta que um hectare de terra na cidade tem um custo médio de R$ 185,4 mil, considerando propriedades da categoria “A-I”, que representam as terras mais férteis, planas e com excelente drenagem — ideais para atividades agrícolas.

Segundo o engenheiro agrônomo Ednaldo Michellon, a classificação “A-I” indica uma mínima chance de problemas para a produção agrícola, o que reforça a atratividade dessas terras para investidores e produtores rurais. Outras cidades do Paraná também apresentam preços elevados, como Foz do Iguaçu, com um valor médio de R$ 184,2 mil por hectare, e Sarandi, Paiçandu, Floresta e Ivatuba, com cerca de R$ 181,8 mil cada.

Apesar de a diferença entre Maringá e Foz do Iguaçu ter sido menor em 2024, a valorização das terras nesses municípios mostra uma tendência de crescimento. Enquanto Foz do Iguaçu registrou uma alta de 5,14% na valorização, Maringá teve um aumento de 5,52% no mesmo período. Nos últimos cinco anos, o mercado de terras agrícolas no Brasil ou por uma valorização expressiva, com aumento de 113%. O valor médio do hectare saiu de aproximadamente R$ 14.818,10 em julho de 2019 para cerca de R$ 31.609,87 em julho de 2024, segundo uma consultoria especializada.

A valorização das terras agrícolas na região de Maringá tem impactos diretos na economia local, especialmente no mercado imobiliário. Com terrenos agrícolas cada vez mais caros ao redor da cidade, o custo para novos loteamentos também sobe, influenciando o preço dos imóveis urbanos. Como a extensão territorial de Maringá é relativamente limitada, a alta demanda por áreas disponíveis intensifica a valorização, reforçada pela lei da oferta e da procura.

Marco Tadeu Barbosa, vice-presidente regional noroeste do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi), explica que “nós temos poucos vazios urbanos, isso faz com que esses poucos vazios se valorizem mais. É a lei da oferta e da procura”. Assim, a tendência é que os preços das áreas urbanas também continuem em alta, refletindo o crescimento do valor das terras agrícolas na região.

A valorização contínua das terras agrícolas e urbanas em Maringá evidencia o dinamismo do mercado imobiliário e agrícola na região, impulsionado por fatores econômicos e pela escassez de áreas disponíveis.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo s1k6

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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